terça-feira, 25 de novembro de 2008

A Mão que Segura a Minha

(Pessoal... voltei. Desculpem novamente esse sumiço... Estava Viajando.)

Quando eu morava com meus pais, era um ritual silencioso, cheio de sentimento, mas silencioso, quase que inperceptível... mas estava ali e fazia toda a diferença:

Deitados nos sofás da sala, entre uma frase e outra da nossa televisão, meu pai silenciosamente estendia as mãos para mim, eu estendia as minhas e, cada um num sofá, olhando para a televisão, sentíamos o calor de nossas mãos unidas... e nem preciso dizer que isso unia nossos coracões também...

Meu pai sempre estendia sua mão, fosse para mim, para minha irmã, ou para minha mãe. Era um jeito silencioso, discreto mas sincero de dizer: estou aqui, estamos juntos.

Até hoje, em alguns momentos isso ainda acontece.

Depois lembro-me bem das mãos do meu marido segurando a minha, em momentos tão diversos, alguns alegres, outros insuportavelmente tristes, outros surpreendentes, mas de qualquer forma lembro-me bem de suas mãos me segurando...

Outras mãos das quais me lembro, são as mãos da enfereira, na sala de parto, acredito piamente que ela deveria ter mãos de borracha, pois por mais que eu as esmagasse, a enfermeira continuava ali, estendendo suas mãos para mim, não ouvi nenhum ruído de ossos se quebrando ou coisa parecida... acho mesmo que aquelas eram mãos de borracha. E também fizeram toda a difeença.

Mas esses dias... vivi uma cena tão simples quanto estas descritas até agora, mas foi uma cena que me emocionou. Meu filho estava deitadinho no colchão, dormindo, ou adormecendo, enquanto eu o fazia dormir. Resolvi acalmá-lo segurando sua mãozinha, eu a envolvi completamente com a minha e parecia poder sentir o movimento de sua respiração ali nas suas mãos... quando me dei conta, eu estava repetindo docemente a cena que meu pai me proporcionou. Mas agora eu que segurava outra vida, outro coração... ali guardado no calor da minha mão.

Realmente descobri que as mãos nos conectam aos corações.

Desejava verdadeiramente dar minha mão à vocês, para ser segurada e para segurar, para ser aquecida e também aquecer...

Mãos e coração,

Mariana

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mais um sonho

Quando tudo parece tão grandioso que você mal pode enxergar seu fim é hora de entender que apenas colhemos o que plantamos.
Vocês pensam que escrevo para vocês... mas, depois, quando leio, cada palavrinha do que eu mesma escrevi, veste como luva para minha vida.

Hoje estou cansada e até sobrecarregada... Um dia cinzento... chuvoso... silencioso.

Talvez seja mesmo um convite para a cama.

Sinto-me tão em falta com todos vocês...

Mas olho para mim e vejo que estou dando o meu melhor, são tempos onde tudo me parece grandioso... e eu realmente mal posso enxergar o seu fim.

Aqui dentro de mim vive um sonho... um sonho que sonhei disfarçado de outra coisa. Mas que tem se realizado assim, revelado algo maior... na verdade ainda tão docemente pequeno, tão docemente aconchegado em meu ser... um sonho assim... doce e pequeno. Mas é assim mesmo que começam grandes sonhos, com um passinho tão pequeno que seria impossível vê-lo sem a ajuda de aparelhos específicos...

Quando penso em Deus, peço-lhe que me ponha na face o sorriso que permanece nEle eternamente... sim eu vejo Deus feliz... às vezes Seu coração dói profundamente, mas Ele está sempre sorrindo, porque é isso que Ele quer que o mundo veja... O sorriso de Deus.

Ele sofre com os que sofrem... eu sei, mas o que Ele lhes oferece é Seu lindo sorriso contagiante.

E num desses dias, Deus sorriu-me docemente.
Não, acho que não foi bem um sorriso... deve ter sido uma gargalhada... é, isso!
Uma alegre e sonora gargalhada, feliz e sincera, inocente e poderosa, como são as galhadas das crianças.

Faz-me rir também... e riu! Ai que delícia rir na companhia de uma gargalhada!

Será que merecia? Sei que não... mas nada me adianta julgar-me merecedora ou não... pois eu não sou juíza de mim mesma em todas as horas... é...
Tem momentos em que as causas fogem de minha alçada... e nessa hora entra em cena o Meu Juíz... justo sim... mas muito misericordioso também.
Ele me mostra que mereço muito mais do que eu me julgo merecer... Ele mostra que Sua Mão estendida está e me enxuga lágrimas dolorosas, Ele me segura forte nas mãos e me põem de pé... diz-me que nada deveria eu temer, pois quem vai à frente é Ele, meu justo e misericordioso Juíz.

Ah... Sua Justiça... Ela se traduz mais em Amor do que em Raiva... não é fácil entender...
Acho q é melhor nem tentar mesmo entender... ainda não sabemos pensar como Deus... Mas a alma costuma ser mais sábia que a lógica.... fecho os olhos... páro de pensar... somente creio... de olhos fechados para o mundo e abertos para Deus... vejo coisas lindas e sim... sempre Seu soriso a presentear a Terra.

Doce sonho, pequenino e doce, fruto de um sorriso gargalhoso de Deus... sou abençoada por estares aqui... sonho pequenino, meu doce sonho colorido... eu te amo, como sempre amei todos os sonho que Deus me deu. Corro, grito, dirijo, corrijo, estou sempre correndo um certo risco, mas sabe sonho meu, que estás aqui a me abençoar e eu espero fazer o mesmo por você... Obrigada sonho meu... Cresça sonho meu, mostre-se a nós quando te sentires pronto, esconda-se quando quiseres, estou aqui para isso mesmo... seja bem vindo sonho meu... sinto-te tão doce e pequenino... sinto-te tão grandioso que mal posso ver teu fim. Sinto-te ainda maior do que eu, abraças-me e me proteges de tudo, obrigada sonho eu... sonho de Deus a sonhar em mim... eu te amo e te abençoo, em nome de meu Jesus...

Mariana