quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Caminhar

Quem viu o comentário do post anterior, percebeu que dei mais um pequenino passo...
Nossa, pequenino mesmo...
Mas quando a jornada é grande qualquer passo (mesmo minúsculo) é importantíssimo!
Vejam...
A angustia em mandar emails e não receber respostas já deve ter sido sentida por vocês também, em algum momento, não?
Pois é...
Imaginem a minha...
Coloquei um resumo de uma de minhas historinhas numa tela de computador, para ser enviada a "alguem" que poderi tirá-la do papel para sempre... mas esse'"alguem" nada responde e daí?
Hoje pesquisando sobre a editora, procurando um telefone, outro email, sei la... achei um blog de uma figura, Rennata, ela tem um blog onde conta muitas histórias de sua vida... gostoso de ler!
Mas enfim, a Re acabou de publicar um livro pela editora que ficou de mandar uma resposta para mim. Pedi sua ajuda... pedi que ela me contasse como foi o caminhar de seu livro, como foi a receptividade da editora, essas coisas...
Ela me deixou um comentário no post anterior e se propôs, tão meigamente, a me ajudar, que fiquei um pouco emocionada...
Disse que ligará para a editora e tentará descobrir o que aconteceu...
Ai...
Lá vou eu...
Tenho medo dessa resposta não ter vindo porque eles não gostaram do que eu escrevi... mas enfim...
Quanto antes eu souber, mais rápido mudo meu caminho de direção e mais rapidamente me aproximarei do "caminho certo"...
Vamos ver...
Vocês verão comigo!

Vamos Juntos?

Obrigada!

Beijos,
Mariana

Montanha-Russa

Hoje... muitos compromissos...
Não conseguirei escrever direito...
Mas encontro-me em uma montanha-russa.
Desânimo e Esperança.
Esperança e Desânimo.
No meio disso tudo existe minha perseverança...
Por isso continuo...
Mas meio sem saber o que fazer...
Alguem ai...
Escritor...
Escritora...
Autor...
Autora...
O que faço?
Ninguem me responde...
A tal editora...
Também não.

Minhas historinhas são bem simples... é verdade.
Mas será que não merecem pelo menos uma resposta?
Mesmo que ela seja negativa... pelo menos seria uma resposta...
Mas acho que eu prefiro esperar mais um pouco e ter uma resposta positiva.

Sim, vou continuar.

Beijos,
Mariana

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dos Grilhões aos Portões

Nunca sonhei em ser nada quando crescesse, talvez porque soubesse que não passaria dos 1.52 m de altura. Mas o fato é que nunca me imaginei exercendo profissão alguma (antes dos 19 anos).
Lembro de minha irmã (mais nova que eu) perguntando o que eu queria ser quando cressesse e eu não tinha tempo nem de pensar sobre o assunto e ela já vinha com a resposta dela: Eu quero ser isso, ou aquilo! E corria conferir com minha mãe se o salário era bom e planejava todo seu orçamento!!! (ela tinha menos de dez anos quando fazia isso!)
Eu nem compreendia suas contas... e me lembro de um enorme vazio na mente quando a pergunta me vinha: o que você quer ser quando crescer?

Resumindo: Nunca me imaginei sendo coisa alguma, muiiiito menos uma escritora, ou coisa do tipo.

O lance de escrever começou como um grilhão na verdade... uma algema.
Eu escrevia porque não sabia falar.
CALMA!
Explico:
Você pode ter pensado: Mas a garota já sabia escrever e ainda não tinha aprendido a falar? Não é ao contrário que essa ordem se dá???
Eu era capaz de falar sim, mas não tudo.

A lembrança mais tenra de minhas tentativas como escriba é a seguinte: Numa manhã, eu estava na máquina de escrever de meu pai compiando a palavra PHARMÁCIA (!) de algum lugar. Quando terminei eu disse orgulhosa: Olha mãe, eu escrevi sozinha, não copiei!!!
Mas a minha mãe disse: Mariana, farmácia com PH? Você só pode ter copiado de algum lugar... ninguem mais ensina farmácia com PH!!!
Drooooooga. Eu morri de vergonha e de raiva por ela ter descoberto!
rsrsrsrsrs
Eu e minhas idéias de giricio!

A segunda lembrança é uma carta-desabafo, já na adoescência, uma carta escrita a todos e a ninguem.
Foi nessa fase que comecei a escrever por causa de meus grilhões.
Minhas amigas viviam recebendo cartas de desculpas, cartas de amizades, cartas de conflitos, enfim...
No final elas resolveram fazer uma caixa para guardar tantas cartas!
Até a minha mãe (que morava sob o mesmo teto que eu!) recebeu algumas cartas minhas... trágicas cartas, essas para minha mãe. Sempre falavam de namoros terminados e cagadas infinitas.
Enfim... não me faltavam grilhões. Eles me prendiam tanto que só a escrita me libertava.

Mas o tempo foi passando, eu cresci (pelo menos amadureci) e dominei a arte de falar também!
A escrita se fez desnecessária. Nunca mais desperdicei uma folha de papel com algo que deveria ser dito olho no olho.
Mas, na minha doida cabecinha, eu ainda escrevia: Cada cena de novela era tranformada em narrativas de livros. Era divertido fazer isso enquanto assistia a trama!

Na faculdade era impossível não produzir kms de textos por semana, então, eu me divertia com isso!!! Minhas amigas passavam uma semana escrevendo um texto e eu, quando sentia que era a hora, deitava em minha cama juvenil (ai meuDeus!) e num pedaço de papel, escrevia, numa pancada só, todo o texto. Eu adorava fazer isso. Era muito prazeroso!

Quando me casei parei de escrever (não tinha motivos). Mas agora, conforme a situação já citada no meu primeiro post (Por Que Será que Não Durmo?), decidi voltar a escrever, mas de forma mais focada, com um plano em mente: Alcançar mãos, olhos e corações infantis!
Hoje a escrita para mim, representa os portões para uma estrada nova e bem interessante. Sinto-me parada à frente desses portões. Eles estão abertos, mas eu não passei totalmente por eles ainda, vejo-me parada, sem mover pés ou mãos. Mas já diante dos meus promissores Portões!

Melhor escrever por causa de belos Portões do que pelos antigos Grilhões, certo!?!

Meu Deus e minha maturidade transformaram meus grilhões aprisionantes em lindos Portões estimulantes!!!

Vamos ver no que isso vai dar...

Mariana

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Prometo Algo Melhor no Próximo Post

Era uam vez um lugar chamado "O Vale Encantado dos Cocôs".

Podia parecer um lugar esquisito e fedido. Mas para os seus moradores era um lugar feliz e tranquilo.

Um lugar onde os cocôs podiam chamar de seus!
Lá eles tinham casinhas, parquinhos, ruas com sinaleiros, escolas e tudo de mais legal que uma cidade tem!

Naquela manhã eles estavam todos atiçados porque esperavam um novo morador, alguem havia escutado que a Nathalia lhes daria um novo companheiro.

A alegria era tanta que decidiram fazer uma festa, enfeitaram as ruas da cidade, colocaram uma música bem alta, vestiram suas roupinhas mais bonitas, colocaram bexiguinhas coloridas em todas as árvores e postes!

Esperaram e esperaram... e começaram a ficar cansados...
Mas nada do novo morador chegar...
Que tristeza...

Eles esperaram mais um pouquinho, mas ninguem chegou...
Desmancharam a festinha e voltaram para as suas casinhas.
Mas a tristeza durou o dia inteiro.

Na manhã seguinte a notícia de que a Nathália lhes daria um novo amigo chegou logo aos ouvidos de todos, que rapidinho arrumaram uma nova e linda festinha.

Nathália sabia que muitos amiguinhos de seu cocozinho o estavam esperando, mas ela ainda não tinha certeza de que conseguiria. Ela decidiu conversar com o cocô que estava dentro de sua barriguinha. Ela perguntou se ele gostaria de participar daquela festinha que o aguardava. E o cocozinho disse que estava esperando muito por isso. E precisava da ajuda dela para chegar até lá.

Nathália entendeu então que seu cocozinho queria muito participar da festinha, mas se ela não o deixasse sair, ele nunca chegaria lá.
Nesse momento lembrou-se de uma vez em que sua mamãe perdeu a chave de casa e seus amigos foram lhe chamar para brincar, mas ela não tinha como sair, pois estava trancada, com sua mamãe, dentro da casa.

Seus amigos ficaram na janela pedindo que ela brincasse com eles e ela ficava vendo tudo do lado de dentro...triste, triste.

Então, depois de muuuuito procurar, a mamãe achou a chave da porta e a menina pôde sair para brincar. Ela nunca se esqueceu da alegria que sentiu quando saiu de casa e encontou seus amiguinhos. Que alegria!

Nathália decidiu deixar que seu cocô fosse brincar com seus amiguinhos e fechou bem forte os seus olhinhos, o cocozinho ficou feliz e saiu correndo para a festinha no Vale Encantado dos Cocôs.

A festinha foi muito divertida, todos ficaram animados com o novo amiguinho e na manhã seguinte outro amigo chegou....
E toda manhã Nathália dava um novo companheiro para os amigos do Vale Encantado dos Cocôs.

Assim todos que viviam naquele Vale tinham sempre novas companhias, novos amigos e nunca se sentiam sozinhos!!!
E eles até fizeram um cartaz para ela: OBRIGADO NATHÁLIA!

Danny, se estivesse ilustrado surtiria mais efeito na sua fofucha que pela idade ainda se restringirá apenas a alguns fatos da historinha... pena que eu não sei desenhar as cenas que eu tenho na minha cabeça...desculpe. Sobre o roteiro... desculpe-me, foi o que consegui fazer agora depois de um dia como o de hoje, com direito a reunião de pais durante a noite e outras coisinhas mais.

O tema é inusitado, mas aposto que prenderia a atenção de crianças em qualquer idade da educação infantil, se a história fosse contada com paixão, entusiasmo e sinceridade...

Mas como vocês não são crianças... desculpem-me.

bjos,
Mariana

A História Fala por si Só...

As histórias falam a linguagem das crianças porque são fantasiosas, surpreendentes, tudo pode acontecer e isso fascina os pequeninos.
Quando estava em sala de aula e a turma pegava fogo, pouco adiantava pedir silêncio, gritar, ou cruzar os braços e esperar... mas ninguem, nem as bagunças, resistiam a uma boa história.
Eu começava a conta-las ali, assim, no meu tom de voz normal, calma e como se tivesse uma platéia imensa e fervorosa a me ouvir (mas não tinha ninguem, estavam todos ainda envolvidos em alguma atividade curiosíssima, como discutir quem havia feito o maior avião, quem havia prendido o cabelo mais no alto da cabeça, quem tinha a mochila mais cheia de adesivos...) mas eu estava lá, com um olhar interessado, olhando para o nada, andando pela sala, pulando os brinquedos, as cadeiras e as mochilas, movimentando meu corpo e contando a mais interessante das histórias... e no máximo dois minutos depois, eu estava mesmo diante da platéia mais fervorosa e fascinada.
Pronto!
A história tinha tomado forma, tinha virado uma pessoa ali na sala, ela era o centro das atenções.
E nessa hora, eu e as crianças éramos um só, um só ser, unidos pelas emoções das historinhas.
Quando um aluno não queria comer, eu contava uma historinha sobre isso para ele, se um aluno não queria sentar, eu contava uma história sobre isso, se eles não quisessem voltar para a sala de aula depois do parque eu contava uma história sobre isso, se algum deles estava com medo de algo, lá ia eu inventar uma história sobre isso.
Pensem comigo...
A maioria das vezes, nós sabemos o que queremos dizer para as crianças, mas nós não falamos porque não sabemos COMO falar... não é mesmo? Nós sabemos o que queremos que elas aprendam, sabemos como elas devem reagir a isso ou aquilo, sabemos os valores que queremos que elas aprendam, nós sabemos o que queremos delas... MAS NÃO SABEMOS COMO FALAR ISSO A ELAS.
Agora já sabem...
HISTÓRIAS.
A história não precisa ser de um roteiro encantador, nem nada disso, a história só precisa do seu coração, ela precisa que você se apaixone por ela, que você se entregue a ela, que você acredite nela... o resto ela faz!!!
Você pode estar pensando... "nossa mas eu teria que ser uma biblioteca ambulante", quase isso...
Nós já somos uma biblioteca ambulante, nossa mente guarda muitas histórias. Histórias lidas, histórias vividas, histórias ouvidas, histórias sonhadas e histórias inventadas, criadas na hora, por você mesmo.
Visite sua biblioteca mental, limpe-a, organize-a, prepare-a e use-a.
No começo poderá parecer inusitado (no mínimo) mas depois passará a ser prazeroso e surpreendente (no mínimo!).
Qualquer coisa, vamos conversar, tenho certeza que juntos poderemos criar boas e simples histórias que poderão mudar o mundo!
beijos,
Mariana

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O Passo-a-Passo

1. Minha primeira atitude, após a decisão utópica, foi pesquisar na internet como se publica um livro, enquanto pesquisava, encontrei minha irmã online, como já falei. Com o apoio dela pesquisei com mais vontade, com mais fé.
Naquela madrugada encontrei uma entrevista com uma famosa escritora estrangeira, ela dizia que para se publicar um livro, você precisa buscar editoras que publiquem obras no estilo das que você produz e que era preciso determinação, porque no começo os "nãos" parecerão eternos.
Entendido isto, comecei a pensar se havia alguém que eu conhecesse que pudesse me esclarecer mais coisas, que trabalhasse mais nesse meio e que soubesse me orientar...
Pensei e pensei...
Não via muita coisa na minha frente a não ser uma escuridão, mas minha mente continuava a me encher as paciências com três perguntinhas constantes: O que fazer? Como fazer? Quem poderia me ajudar?
Gente... fui dormir naquela madrugada com a mente afilta , ansiosa e agitada...
Mas dormi logo, assim que pus a minha cabeça naquele travesseiro de plumas de ganso, que amassa e fica fininho, fininho.
Dormi e sonhei.
O sonho era o seguinte:
Eu e uma super amiga de Londrina (com quem não tenho contato faz muuuito tempo, porque saí de lá, ela saiu da casa onde morava e seu telefone também mudou... e eu não páro de me mudar... perdemos o contato.... por enquanto- eu espero! enfim:) nós estávamos conversando e ela disse que conhcia muitos editores e que poderia falar de mim para eles.
Esta minha amiga é jornalista muito competente e uma pessoa fantástica, fomos como irmãs quando mais novas.

2. Quando acordei pela manhã, com o choro de fome de meu filho, preparei a mamadeira e fui tentar achar minha amiga na internet... totalmente em vão. Achei muitas matérias dela, mas nenhum endereço, email, telefone atuais, nada.
Mas eu tentei gente... como tentei.
Enfim...
Era hora de pensar mais um pouco...
Continuei pesquisando na internet os processos para publicações, editoras...etc.
Mas eu ainda não sabia bem o que uma editora fazia, o que o editor fazia, onde a gráfica entraria nisso, o ilustrador, os valores, quem pagaria os gastos e que gastos seriam esses... enfim... uma anta memso. Eu não sabia de nada. (Apenas para fins ambientalistas: Eu amo as antas, elas são lindas e tranquilas, tem umas carinhas fofas, um olharzinho doce e amo o brilho de seus pêlos molhados... mas isso não interessa muito agora, né?!)

3. Decidi coversar com outra amiga jornalista, maravilhosa, como pessoa e como profissional, mandei-lhe um email explicando por cima o que eu estava tentando fazer e ela me deu a maior força e me explicou melhor qual a função de cada um nesse processo...
Pronto, eu já sabia como funcionava. Pelo menos o básico estava esclarecido.

4. Meu conhecido tem um amigo que é ilustrador e seu pai publica vários livros por ano, mandei algumas histórias para que esse ilustrador lesse e, se gostasse, faria a ilustração para mim, então eu teria um original ilustrado para mostrar às editoras... fique feliz.
Mas a felicidade foi virando um tédio...
Nenhuma resposta recebida. Nem do ilustrador, nem do meu conhecido...
O que se faz numa hora dessas?
Esquece e tenta outro caminho?
Tenta ver se, por acaso, houve um contratempo e eu não recebi email por falha da internet?
Fiz os dois...
Mandei um email para meu conhecido, perguntando-lhe se seu amigo havia respondido, e, se havia dito que não gostou e por isso não ilustraria, eu queria saber...
Não é melhor saber que alguém te odeia do que ver a falsidade em seus olhos enquanto te sorri?
Eu prefiro a verdade, nua e crua... não tenho medo de sofrer por uma verdade, mas não sei viver sob a incerteza da falsidade.
Mesmo porque acredito que seria muuuito bom ouvir umas verdades sobre as minhas produções, assim, saberia onde melhorar, crescer, aperfeiçoar.
Mas...
Não tive resposta nenhuma... nem verdadeira, nem falsa...
Somente o silêncio.
TUUUUUdo bem.
Pensei mais um pouco...
Primeiro pensamento: Caramba... ele deve ter odiado minhas historinhas. NO mínimo elas são fracas para o critério dele.
Segundo pensamento: Devo me dedicar mais. Prometi para mim mesma que buscaria mais inspiração para minhas histórias e que melhoraria meu modo de escrever.
Terceiro pensamento: Procure outro caminho.

5. Lá fui eu para essa internet novamente.
Eu já sabia quais as editoras que publicam livros infantis no estilo das que eu faço, mandei email para elas...
Em menos de 24 horas as respostas me chegavam... eram todas negativas.

6. Voltei para a internet...
Achei uma editora, a LivroPronto.
Ela é pequena (pelo menos em nome) e publica obras de escritores pequenos. A proposta é bastante interessante. Inovadora em todo o mercado editorial brasileiro.
Ela recebe uma sinopse da obra, avalia e se a obra for boa eles corrigem, orientam, editam, ilustram, fazem capa, tudo, tudo, o livro vem até com código de barra, esses gastos quem banca é o escritor, que junto com a editora, decide o valor e a quantidade de cópias.
Uma vez pronto o livro vai à venda pela internet, no site de algumas livrarias virtuais. Se estes exemplares forem vendidos com sucesso, daí o livro vai para as livrarias físicas de todo o Brasil.
No site tem depoimentos escritos e filmados de autores que publicaram livros por essa editora e que dizem estar muito satisfeitos com a competência, paciência, sensibilidade e visibilidade desta editora, inclusive o retorno financeiro foi citado como um um ponto muito satisfatório da LivroPronto.
Procurei o tipo de obras que ela publica e descobri uma inusitada "ecleticidade" entre os títulos... Livros de happers, de religiosos, de fonoaudiologia, de auto-ajuda, livros infantis e muits outros.
A editora só reserva seu direito de não publicar alguma obra que seja explicitamente anti-ética.
Talvez, numa editora assim, mais aberta e pequena minhas historinhas tenham mais chances.

7. Mandei uma sinopse de uma das minhas histórias (como foi difícil decidir em qual apostar, qual tocaria a Produtora Editorial, qual abriria as portas do nascimento para as outras!).
Hoje completa uma semana que enviei a sinopse...
Estou aguardando uma resposta, mas já começo a pensar: Será que meu email chegou mesmo lá? Será que a editora também não gostou e não vai me responder? Será que mando outra vez? Credo...
Preciso trabalhar minha paciência...
Será?
Ai... nem sei o que fazer agora...
A passos de formigas mancas e indecisas é que vou começando a minha segunda- feira...
Mas na verdade, ainda tenho boas esperanças...
E continuo a visitar meu email a cada hora para ver se há algum retorno...
Eita espera...

Passo-a-Passo.
Peço outro Passo.
Passa outro Passo.
Passo para outro Passo
Não repito nenhum Passo

Feliz semana para todos nós,
bjos,
Mariana

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Teoria, na prática!

Nasci com uma imaginação que ninguem acredita... chegava a ser ridículo... quando eu tinha mais de vinte anos ainda era capaz de conversar com uma borracha, se ela tivesse dois olhinhos, narizinho e boquinha.
Meus sonhos me renderiam bilhões se eu os vendesse a algum cineasta famoso.

A TEORIA: Mas nada disso me faz diferente daquela pessoa que vive dizendo: Não sou muito boa nisso, ou naquilo.
A única diferença é que eu tenho uma super cara de pau. Eu acredito nas minhas coisas, quando elas nascem no meu coração eu dou crédito a elas... Elas podem ser toscas, ingênuas, até ridículas, mas se é verdadeira, eu a assumo.
Conheço muitas amigas que são tímidas e por conhecê-las muito bem, nem acredito quando ouço a frase : Não sou muito boa nisso, ou naquilo.
Eu simplesmente as ignoro porque sei de suas capacidades, elas é que não sabem... elas é que não acreditam.
Imaginem a situação: Eu sou uma mulher com cara de pirralha, pequena, talvez a menor pessoa que vocês verão em toda a vida, uma menina simples, sem nomes ou recursos abundantes ... convenhamos, esse não é o perfil de uma escritora de livros, não equivale às imagens que faço das mulheres bem sucedidas, escritoras, auto-suficientes, e tudo mais. Sabe aquele glamour? Pois é...eu não tenho! E... até para mim, chega a ser meio ridículo pensar no que estou fazendo : Pondo minhas simples criações para o mundo... tentannnnndo, né?
Pensem...
Mais um pouco...
O que um dia passou pela cabeça de vocês... uma imagem de vocês recebendo um prêmio importante? Vocês num palco famoso? Vocês sendo entrevistados pela Marília Gabriela? Vocês sorrindo enquanto acenam calidamente para uma multidão? Vocês abandonando tudo e sorindo na cama de uma maternidade ? Qual é o seu sonho? Qual é seu talento escondido? Aquele que te faz sentir mais vivo, mas que te faz se sentir ridículo só em pensar nele...
Eu SEI que cada um tem sonhos. E sonhos, quando ainda não realizados, parecem ser ridículos mesmo...
Mas toda transformação começou com um sonho, por vezes, ridículo!
Imaginem uma lagarta nojenta, como são todas as lagartas, cinzentas, verdolengas... horríveis, parecem meleca de nariz de criança, com perninhas, caminhando e enojando tudo onde encostam... pois bem... imaginem uma dessas criaturinhas sórdidas um dia, relaxando em seu banho de sol matinal e sonhando em ser uma borboleta... uma coisinha fofa, colorida, esvoaçante, super valorizada por todos... ai que lindo! Pois é... continuem imaginando (espero não estar enfadando vocês com tamanhas imaginações:) Daí uma dessas nojentas lagartas, a que sonhou em ser borboleta, decide compartilhar seu lindo sonho com suas companheiras lagartinosas, ela compartilha, fala sem parar, seus olhos brilham, suas pernocas tremulam, ela está exultante...
Mas o que recebe em troca? Risos. Muitos risos. E depois uma frase: "Coitadinha, essa daí sempre foi meio lunática... do que eu estava lalando antes mesmo? Ahhh sim, ontem consegui comer centenas de folhinhas, daquela ali, sabe? Aquela verde ali, que fica perto daquela outra lá, sabe? Aquela?"
Até que um dia a pequena lagarta "lunática" some, investe em seu sonho, paga o preço. E tempos depois... surpreende a todos, surge colorida, esvoaçante, balançando-se numa dancinha ao sabor do vento e no fundo, bem lá no fundo, todas as lagartosas riem felizes por testemunharem que afinal a vida pode ser mais do que aquilo que já foi um dia!
Lagartinhas e lagartões, vamos acreditar que podemos ser Borboletas?

A PRÁTICA: Mandei uma mensagem me identificando, para várias editoras perguntando se tinham o interesse em conhecer minhas histórias, todas me responderam rapidamente :
Não temos interesse no material.
Mas não desisti, procurei na internet novamente... achei uma editora diferente, muito diferente. Receptiva, clara, direta e por enquanto bem honesta, eles estão avaliando, logo me enviarão um email...
Se me mandarem mesmo o tal email eu conto...por enquanto fico aqui, entrando em minha caixa de entrada, de hora em hora, para ver se há alguma mensagem da tal editora...
No próximo post compartilharei as fases que passei nessa prática... nesse caminho esquisito que eu me arrisquei a trilhar, apenas por acreditar que valeria a pena ter um par de asas ao invés de muitas perninhas.
Eu acreditei no meu sonho e você?
Beijos,
Mariana

Por que será que eu não durmo?

Seria pelo fato de que meu filho acorda muito de madrugada? Seria pela macarronada muito temperada que comi no jantar? Seria pela conta que tenho que pagar essa semana? Seria pelo meu travesseiro de plumas de ganso que amassa rapidamete e fica fininho, fininho?
Meu Deus...eu não sabia por que... mas quando eu teimava em fechar meus olhos, eles se arregalavam, como se eu não tivesse pálpebras.
Caramba! Parei de tentar...
Sentei na cama.
Em silêncio e no escuro (!) procurei um livro para ler (no escuro?). É...
Tudo para não acordar meu filho que, se acorda, quer colo, se ganha colo quer atenção e naquela hora da madrugada quem queria atenção era minha mente borbulhante...
Achei dois livros (no escuro!) e voltei a sentar na cama...
Nem li nada, pensei muito...muito...
Pensei em meu corpo esvuaçante, passeando pelas ruas da cidade, pensei na liberdade que eu tinha quando era uma universitária, pensei na minha autonomia, na minha inquieta vontade de estar sempre com o tempo preenchido com algo bemmm legal, pensei na minha rotina de mãe e esposa, pensei no que faço ultimamente dentro de casa... lavo, passo, cozinho, canto, danço, limpo banheiro, lavo quintal, cato cocô de cachorro, dou bronca nas cachorras, canto mais um pouquinho, dou bronca no filho, danço mais outro pouquinho, sorrio, supero-me...
Ta bom... pode ser muita coisa... mas não é...
Sabe aquela sensação de preenchimento que a gente tem quando relizamos algo que era nosso projeto, algo que fazia todo sentido do mundo, algo que podia ser loucura para todos, mas era a sua maior verdade?
Pois é...
Longe das salas de aula eu perdi um pouco dessa sensação, embora eu sinta (mesmo) e saiba da importância da minha presença em casa agora (afinal, eu escolhi isso, eu escolhi ficar em casa, para cuidar bem, cuidado da casa, educar, bem educado meu filho e amar, bem amado meu marido... quero fazer da melhor maneira possivel e para mim isso significa ficar um pouco mais slow, mais menos.).
Nada de amelianismos, eu realmente sei que para mim, é preciso fechar-me um pouco para este mundão, para que minha casa possa ser mais focada... porque, sabe um viciado que quer parar com o vício e focar-se no que o fará crescer? Pois é... mais ou menos eu!
O mundo é meu vício, sem limites esse lance de realcionar-se... e nisso tudo acaba por faltar tempo decente com minha família... (chega de explicar!)
Enfim, escolhi assim e pronto...
Mas sinto falta de algo que me preencha novamente, uma atividade que me tome, me assombre, me domine...e foi nesse ponto de meus pensamentos, naquela madrugada, que eu me toquei, tanto que pareciam ter acendido a luz do quarto, me toquei mesmo...
Eu amo a infância, amo ler, amo escrever, já tenho algumas histórias infantis escritas, sou mãe apaixonada pelo pimpolho e preciso de uma atividade que possa ser meio atemporal... trabalhar quando der, quando a casa deixar, qunado o filho deixar...
Entenderam???
Não?
Eita ...
Ta bom...
Explico:
Vou investir nos meus livrinhos! Olha que legal:
Vou manter as crianças vivas em minha mente, vou usar minha criatividade (que ainda precisa ser trabalhada mais especificamente para o que eu quero), vou manter-me ativa e tudo isso é perfeitamnete ajustável ao tempo em que preciso ser mãe, esposa e dona - de - casa.
Pronto!
Estava decidido.
Fui para a inernet pesquisar algo que me auxiliasse nos passos necessários.
Encontrei minha irmã online, contei-lhe a decisão e esperei risadas...
Mas recebi apoio... incentivo...
Uai?
Bom... acreditei.. e comecei a caminhar...
Mas tenho uma teoria de que os livros caminham sozinhos, quando estiverem prontos, eles vêm ao mundo! Nós apenas os geramos... acreditamos nele e os apoiamos... e eles vão vindo, através de um trabalho de parto literário e editorial... até que enfim... Nascem!!!
No próximo post conto em que fase da gestação estou (rsrsrs).
beijos,
Mariana