Nunca sonhei em ser nada quando crescesse, talvez porque soubesse que não passaria dos 1.52 m de altura. Mas o fato é que nunca me imaginei exercendo profissão alguma (antes dos 19 anos).
Lembro de minha irmã (mais nova que eu) perguntando o que eu queria ser quando cressesse e eu não tinha tempo nem de pensar sobre o assunto e ela já vinha com a resposta dela: Eu quero ser isso, ou aquilo! E corria conferir com minha mãe se o salário era bom e planejava todo seu orçamento!!! (ela tinha menos de dez anos quando fazia isso!)
Eu nem compreendia suas contas... e me lembro de um enorme vazio na mente quando a pergunta me vinha: o que você quer ser quando crescer?
Resumindo: Nunca me imaginei sendo coisa alguma, muiiiito menos uma escritora, ou coisa do tipo.
O lance de escrever começou como um grilhão na verdade... uma algema.
Eu escrevia porque não sabia falar.
CALMA!
Explico:
Você pode ter pensado: Mas a garota já sabia escrever e ainda não tinha aprendido a falar? Não é ao contrário que essa ordem se dá???
Eu era capaz de falar sim, mas não tudo.
A lembrança mais tenra de minhas tentativas como escriba é a seguinte: Numa manhã, eu estava na máquina de escrever de meu pai compiando a palavra PHARMÁCIA (!) de algum lugar. Quando terminei eu disse orgulhosa: Olha mãe, eu escrevi sozinha, não copiei!!!
Mas a minha mãe disse: Mariana, farmácia com PH? Você só pode ter copiado de algum lugar... ninguem mais ensina farmácia com PH!!!
Drooooooga. Eu morri de vergonha e de raiva por ela ter descoberto!
rsrsrsrsrs
Eu e minhas idéias de giricio!
A segunda lembrança é uma carta-desabafo, já na adoescência, uma carta escrita a todos e a ninguem.
Foi nessa fase que comecei a escrever por causa de meus grilhões.
Minhas amigas viviam recebendo cartas de desculpas, cartas de amizades, cartas de conflitos, enfim...
No final elas resolveram fazer uma caixa para guardar tantas cartas!
Até a minha mãe (que morava sob o mesmo teto que eu!) recebeu algumas cartas minhas... trágicas cartas, essas para minha mãe. Sempre falavam de namoros terminados e cagadas infinitas.
Enfim... não me faltavam grilhões. Eles me prendiam tanto que só a escrita me libertava.
Mas o tempo foi passando, eu cresci (pelo menos amadureci) e dominei a arte de falar também!
A escrita se fez desnecessária. Nunca mais desperdicei uma folha de papel com algo que deveria ser dito olho no olho.
Mas, na minha doida cabecinha, eu ainda escrevia: Cada cena de novela era tranformada em narrativas de livros. Era divertido fazer isso enquanto assistia a trama!
Na faculdade era impossível não produzir kms de textos por semana, então, eu me divertia com isso!!! Minhas amigas passavam uma semana escrevendo um texto e eu, quando sentia que era a hora, deitava em minha cama juvenil (ai meuDeus!) e num pedaço de papel, escrevia, numa pancada só, todo o texto. Eu adorava fazer isso. Era muito prazeroso!
Quando me casei parei de escrever (não tinha motivos). Mas agora, conforme a situação já citada no meu primeiro post (Por Que Será que Não Durmo?), decidi voltar a escrever, mas de forma mais focada, com um plano em mente: Alcançar mãos, olhos e corações infantis!
Hoje a escrita para mim, representa os portões para uma estrada nova e bem interessante. Sinto-me parada à frente desses portões. Eles estão abertos, mas eu não passei totalmente por eles ainda, vejo-me parada, sem mover pés ou mãos. Mas já diante dos meus promissores Portões!
Melhor escrever por causa de belos Portões do que pelos antigos Grilhões, certo!?!
Meu Deus e minha maturidade transformaram meus grilhões aprisionantes em lindos Portões estimulantes!!!
Vamos ver no que isso vai dar...
Mariana
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7 comentários:
Oi Ma, estou aki, e adorei seu texto, fiquei te imaginando na infância, vc bem que podia colocar umas fotinhas pra gente te conhecer né, pelo menos já sei que vc é baixinha, como eu (1:50), coloca fotos do Samuel, a Nathalia tem o DVD Samuel - O menino que ouviu Deus, é lindo, vc conhece??? Vc é evangélica??? Beijus!
Eu que diga sobre as imensas e sentimentais cartas que escrevíamos.... Nossa! Quantos problemas tínhamos, não?! Gravíssimos do tipo: o paquera não foi na "domingueira" ou, ou, ou... nem lembro mais... eram tão graves que até esqueci!!!! Bom, sobre os portões: atravesse-os. Com certeza existirá uma luz por trás deles! Bjs.
Oi Ma, Adorei sua visita ao meu blog. E, é claro que passarei por aqui todo dia pra ler suas estórias. Por falar nisso, como você é criativa! Você vai longe menina! Parabéns! Particularmente, vou usar aquela do vale encantado dos cocozinhos com minha filhota. Vou tirar férias em setembro para acompanhá-la nos primeiros dias de aula e quero também tirar a fralda. Valeu pela ajuda!
Beijos
Oi a obrigafa pela visita será sempre be vinda e pode ter certeza q sempre passarei por aqui ok !!!
mil bjosssssssssssss
aaaa aonde isso vai dar?
em sucesso
hauhauhaa
nunca li...mas eh aonde vc vai chegar amiga
bjus
Valeu meninas...
Eu realmentequero passar pelos portoes...
devagar e sempre...
acho q é possivel...
bjao
Mariana
Mari, Mari...vc simplismente me levou a lembra de momentos meus .... vc tem muita graça p/ escrever..... vc consegue nos transportar não somente ao mundo das idéias, mas, ao mundo das lembranças.... ai...e como isso é gostoso...nos faz olhar p/ traz e vê que existiram momentos que foram cruciais p/ nossa formação....
Amo o que vc escreve....parabens....vou te visitar mais vezes!!!
Deus te abençoe cada vez mais!!!
Que as suas madrugas sejam regadas dde ótimas idéias, histórias e lembranças...
Bjssss
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