sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Sonho Real - parte II
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Sonho Real
Peguei mesmo... todos eles! hehehe
Estão aqui comigo.
Vi a capinha, senti a textura das páginas de papel ecológico, li novamente, fiz algumas dedicatórias, já entreguei alguns hoje mesmo, pessoalmente.
Apesar de não ser exatamente como imaginei, é gostoso poder segurar um sonho na palma de minhas mãos.
Separei um livrinho para meu filho e chorei desmedidamente a cada palavra que escrevi na dedicatória para ele... só eu mesmo!
E... desejo escrever uma dedicatória para cada pessoa que comprar o livrinho aqui pelo blog. Vamos fazer assim:
Eu vou criar um e mail para que vocês entrem em contato comigo, solicitando o livrinho, é importante que ao fazerem isso, me mandem o número de livrinhos que desejam e o endereço para onde devo mandá-los.
Logo que eu receber este e mail, responderei mandando-lhes o numero da conta em que deverão depositar o pagamento, assim que fizerem o depósito peço-lhes que me mandem um e mail avisando-me e passando-me o número do comprovante do depósito. Assim que isso for feito, mandarei pelo correio para vocês. Mas não se preocupem, explico tudo isso com calma para vocês no e mail, fiquem tranquilos!!!!
O livrinho é fininho, pequenininho, dependendo da quantidade, será possível enviá-lo num envelopinho, pelo correio mesmo, por isso não cobrarei frete, ok?!
Logo logo passo o endereço do e mail para que seja possível o nosso "encontro"!!!!
Beijos,
Feliz Natal!!!!!
Mari
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Plano B...
Bom, desejo que já nem tenha alguém lendo isto nestes dias , prefiro que estejam todas de férias, em lugares lindos com pessoas amadas...
Mas, se por acaso ainda tiver alguém por aqui... lhes desejo um Feliz Natal!
Amo sentar na mesa da ceia, comer junto da família, sentir aquele gostinho de gratidão por um dia Deus ter se feito menino por nós... amo... amo também as luzinhas, as árvores de natal, o papai noel, as cartihas respondidas...
Sei que há tristeza e muita, sei também que há comercio e muito... mas nada disso invalida o fato de um menino Deus ter vindo morar conosco... Ele é tão lindo... Que Ele esteja na ceia de todos nós e que para aqueles que não terão uma ceia, que Ele mesmo se faça o Pão da Vida a quem tem fome. A presença dEle cura e sacia tudo.
O plano B, que falo neste título é devido às entregas dos livros... bem... eles estão prontos e impressos, serão entregues na casa de meus avós e eu os pegarei no dia 25 de dezembro... hehehe: meu presente de natal... ahahaha!
Então queridos, desejo, desejo messsssmo que a partir do dia 26 de dezembro eu já esteja podendo divulga-lo e vendê-lo pelo Brasil... tomara que gostem!
No mais tardar, dia 26 de dezembro eu venho aqui e aviso que deu tudo certo! Fiquem atentas! Acho que vamos realizar "nosso"sonho de ver o livrinho pronto!!!!!
Essa é uma parte importante do caminhar do livrinho..." ele está na encubadora da maternidade"... esperando que eu vá pega-lo, falta tão pouco... tão pouco! E saber que ele já está todo prontinho, embaladinho, só me esperando... aaaaaaaaaaaaaaa!
Bom... enfim!
Já estou me preparando para dizer OI ao meu livrinho... que imensa alegria!
Aviso em breve!
Beijos,
Feliz Natal!
Mari
ps. obrigada a todos por todo o carinho e companhia neste caminhar!
sábado, 6 de dezembro de 2008
O Lento Caminhar de um Livro
Olha...
É lento...
Lento...
Eu estou respondendo prontamente todos os email que recebo da Editora, ela me garantiu que em duas semanas me enviará todos os livrinhos prontos...
Olha, prometo que eu já vi um impresso e está tudo certinho! Mas está parecendo lenda, né?!
Por favor não desistam de esperar mais um pouquinho...
Peço desculpas por tanta demora... e garanto que também não contava que ela fosse tão longa. Desculpem.
Mas é claro que assim que eu receber os livrinos eu virei aqui prontamente só para compartilhar com vocês esta conquista que há pouco tempo atrás era apenas um sonho... uma vontade... um desejo... quase um delírio. Passei por muitas coisas até chegar aqui e ainda passarei por algumas outras até que realmente sinta a histórinha na palma de minha mão.
Obrigada pela real presença de todos.
O.B.R.I.G.A.D.A.
Boa Semana,
Beijos,
Mariana
terça-feira, 25 de novembro de 2008
A Mão que Segura a Minha
Quando eu morava com meus pais, era um ritual silencioso, cheio de sentimento, mas silencioso, quase que inperceptível... mas estava ali e fazia toda a diferença:
Deitados nos sofás da sala, entre uma frase e outra da nossa televisão, meu pai silenciosamente estendia as mãos para mim, eu estendia as minhas e, cada um num sofá, olhando para a televisão, sentíamos o calor de nossas mãos unidas... e nem preciso dizer que isso unia nossos coracões também...
Meu pai sempre estendia sua mão, fosse para mim, para minha irmã, ou para minha mãe. Era um jeito silencioso, discreto mas sincero de dizer: estou aqui, estamos juntos.
Até hoje, em alguns momentos isso ainda acontece.
Depois lembro-me bem das mãos do meu marido segurando a minha, em momentos tão diversos, alguns alegres, outros insuportavelmente tristes, outros surpreendentes, mas de qualquer forma lembro-me bem de suas mãos me segurando...
Outras mãos das quais me lembro, são as mãos da enfereira, na sala de parto, acredito piamente que ela deveria ter mãos de borracha, pois por mais que eu as esmagasse, a enfermeira continuava ali, estendendo suas mãos para mim, não ouvi nenhum ruído de ossos se quebrando ou coisa parecida... acho mesmo que aquelas eram mãos de borracha. E também fizeram toda a difeença.
Mas esses dias... vivi uma cena tão simples quanto estas descritas até agora, mas foi uma cena que me emocionou. Meu filho estava deitadinho no colchão, dormindo, ou adormecendo, enquanto eu o fazia dormir. Resolvi acalmá-lo segurando sua mãozinha, eu a envolvi completamente com a minha e parecia poder sentir o movimento de sua respiração ali nas suas mãos... quando me dei conta, eu estava repetindo docemente a cena que meu pai me proporcionou. Mas agora eu que segurava outra vida, outro coração... ali guardado no calor da minha mão.
Realmente descobri que as mãos nos conectam aos corações.
Desejava verdadeiramente dar minha mão à vocês, para ser segurada e para segurar, para ser aquecida e também aquecer...
Mãos e coração,
Mariana
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Mais um sonho
Vocês pensam que escrevo para vocês... mas, depois, quando leio, cada palavrinha do que eu mesma escrevi, veste como luva para minha vida.
Hoje estou cansada e até sobrecarregada... Um dia cinzento... chuvoso... silencioso.
Talvez seja mesmo um convite para a cama.
Sinto-me tão em falta com todos vocês...
Mas olho para mim e vejo que estou dando o meu melhor, são tempos onde tudo me parece grandioso... e eu realmente mal posso enxergar o seu fim.
Aqui dentro de mim vive um sonho... um sonho que sonhei disfarçado de outra coisa. Mas que tem se realizado assim, revelado algo maior... na verdade ainda tão docemente pequeno, tão docemente aconchegado em meu ser... um sonho assim... doce e pequeno. Mas é assim mesmo que começam grandes sonhos, com um passinho tão pequeno que seria impossível vê-lo sem a ajuda de aparelhos específicos...
Quando penso em Deus, peço-lhe que me ponha na face o sorriso que permanece nEle eternamente... sim eu vejo Deus feliz... às vezes Seu coração dói profundamente, mas Ele está sempre sorrindo, porque é isso que Ele quer que o mundo veja... O sorriso de Deus.
Ele sofre com os que sofrem... eu sei, mas o que Ele lhes oferece é Seu lindo sorriso contagiante.
E num desses dias, Deus sorriu-me docemente.
Não, acho que não foi bem um sorriso... deve ter sido uma gargalhada... é, isso!
Uma alegre e sonora gargalhada, feliz e sincera, inocente e poderosa, como são as galhadas das crianças.
Faz-me rir também... e riu! Ai que delícia rir na companhia de uma gargalhada!
Será que merecia? Sei que não... mas nada me adianta julgar-me merecedora ou não... pois eu não sou juíza de mim mesma em todas as horas... é...
Tem momentos em que as causas fogem de minha alçada... e nessa hora entra em cena o Meu Juíz... justo sim... mas muito misericordioso também.
Ele me mostra que mereço muito mais do que eu me julgo merecer... Ele mostra que Sua Mão estendida está e me enxuga lágrimas dolorosas, Ele me segura forte nas mãos e me põem de pé... diz-me que nada deveria eu temer, pois quem vai à frente é Ele, meu justo e misericordioso Juíz.
Ah... Sua Justiça... Ela se traduz mais em Amor do que em Raiva... não é fácil entender...
Acho q é melhor nem tentar mesmo entender... ainda não sabemos pensar como Deus... Mas a alma costuma ser mais sábia que a lógica.... fecho os olhos... páro de pensar... somente creio... de olhos fechados para o mundo e abertos para Deus... vejo coisas lindas e sim... sempre Seu soriso a presentear a Terra.
Doce sonho, pequenino e doce, fruto de um sorriso gargalhoso de Deus... sou abençoada por estares aqui... sonho pequenino, meu doce sonho colorido... eu te amo, como sempre amei todos os sonho que Deus me deu. Corro, grito, dirijo, corrijo, estou sempre correndo um certo risco, mas sabe sonho meu, que estás aqui a me abençoar e eu espero fazer o mesmo por você... Obrigada sonho meu... Cresça sonho meu, mostre-se a nós quando te sentires pronto, esconda-se quando quiseres, estou aqui para isso mesmo... seja bem vindo sonho meu... sinto-te tão doce e pequenino... sinto-te tão grandioso que mal posso ver teu fim. Sinto-te ainda maior do que eu, abraças-me e me proteges de tudo, obrigada sonho eu... sonho de Deus a sonhar em mim... eu te amo e te abençoo, em nome de meu Jesus...
Mariana
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Livro caminhando....
Falta pouco...
Eu espero!
Beijão,
Mariana
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Sorriso do coração
Se a noite é quente, agradeça por poder dormir em um quarto íntimo, onde pode se vestir como quiser
Se a chuva cai, feche os olhos e ouça seu barulho, esqueça um pouco da roupa no varal, ou do chefe que te espera- estão todos na chuva mesmo, todos terão que esperar mais um pouco. Relaxe.
Se o seu filho chora à noite por fome, agradeça por sua saúde e apetite
Se teus pais ainda "pegam no seu pé", agradeça por eles ainda estarem com você
Se eles já não estão, agradeça, porque um dia estiveram e te deixaram marcas eternas
Se eles nunca estiveram, agradeça pois Deus colocou um anjo bem doce e feliz ao teu lado
Se eles não foram o que você queria que fossem, agradeça porque você saberá exatamente como não ser com seus pequenos um dia
Se a roupa não te serve mais, você tem comida até para doar
Se a roupa ficou larga, você emagreceu e receberá uma ou outra cantada nova na rua
Se você briga sempre com quem convive, agradeça porque há algém do teu lado
Se você se sente só, agradeça, porque a solidão é antecessora do encontro mais importante
Se você pensa que o motivo de sua vida é raso, alegre-se porque eu tenho um segredo para te contar: Em breve virá o mais profundo dos mergulhos! O mais profundo dos motivos.
Se você considera que sua vida é recheada de erros, agradeça, porque erros foram feitos para ensinar o caminho dos acertos
Se você já não aguenta mais tanto otismismo nesse blog, sorria, porque Aquele que me faz assim está doido para fazer o mesmo com vocês.
Sorria porque se a chuva cai, o arco- íris está próximo.
Vivo assim, a esperar melhorias para todos os lados e já perdi as contas de quantas já conquistei. Sou uma prova viva de que a esperança pode ser mais do que um ópio, a esperança pode ser o segredo de suceso que te faltava até hoje!
Se está lendo tudo isso agora, agradeça porque você tem a chance de renovar sua vida, renovar seus horizontes, rever conceitos e borboletear-se por aí!
Bons vôos... Bons mergulhos...
Feche os olhos.
Abra o coração...
Voe.... voe.... vooooeeeeeeee
Mariana
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Nas Águas Daquele Rio
Nas águas do Rio do Pai...
Sim nas áuas do Rio eu vou
Lá é tudo tão azul...
A água é tão pura...
Seu gosto é tão doce..
Tudo é tão para mim...
Lá.. não existe um outro mundo
Lá tudo é tão quieto
Lá tudo é um privilégio...
Lá... é onde eu quero estar
Mas mais ainda, é... onde minha alma PRECISA estar
Lá... meu começo se encontra, meu final tão glorioso também está ali
O azul das águas tão serenas,
Me dizem em silencio, que o pior já passou
O azul molhado daquele Rio
Me molhou também e me fez tão bem
Lá, o medo não existe, a Luz divina brilha
Mostrando a doçura, dAquele que me segura
Lá... um futuro se mostrou
Melhor e maior do que o que passou
Ao nadar neste lindo Rio
Minha alma se renova
Acontece uma nova história
É o hino lá do céu
Sim, eu ouço uma canção
Que vem de um Coração
Tão pura e nobre emoção
Lá, é onde Deus me espera
É onde nada é espera:
O que eu procuro eu já alcancei...
Sim... nas águas deste Rio, me banharei então
Para viver melhor, por mim e por meus irmãos
Mas, mais... muito mais que isso
Essas águas me ensinam que o Amor maior é meu
Sim... não é somente a poucos... mas sim extamente a todos...
Este lindo amor.
Abraços,
Mariana
Destino Desconhecido?
Às vezes sinto que o repeteco é maior do que a imaginação
Às vezes sinto que a criação é apenas uma ilusão
Às vezes sinto que por mais que eu ande o caminh não muda
Mas,
acima de tudo,
Às vezes sinto que o final também é o começo.
Se um dia eu quiser dar a volta ao mundo saindo daqui, dessa minha cadeira dura, percorrerei caminhos, verei coisas lindas, outras assustadoras, ouvirei canções, cantarei também, ensinarei e também aprenderei, mas no final... aaaa no fim onde tudo isso me levará?
Não se assustem, mas...
Se eu percorrer o caminho todo, voltarei à essa minha cadeira dura, meu destino é também onde parti.
Começo e fim... o mesmo lugar.
O que vale então?
O caminhar.
Com certeza!
O caminho é o que vale!
Não tenho medo então.
Mariana
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Brincadeira
A linda NIna, do blog http://meninadecachos.blogspot.com/ me mandou essa brincadeira...
Desafiou-me a colar um selinho, a descrever uma boa brincadeira da minha infância e um lanchinho favorito depois das brincadeiras. A brincadeira foi mandada por ocasião do dia das crianças, mas eu não conseguia colocar o tal selinho, que aliás até agora não consigui...derrrr.
Depois, estava esperando que a Pri lesse esse post, antes de escrever outro...agora que ela já o leu... pronto!
Nina:
Colocar selinho: Não dou conta.
Hora do recreio, qual a melhor brincadeira da sua infância:
Fazer da churrasqueira do play um universo escondido onde brincávamos de cozinha, dentro da churrasqueira... uma loucura. Durante um tempo o play foi reformado e durante essa reforma nós usávamos muito os materiais de construção como brinquedos, colocávamos cal na agua e saía uma fumacinha que dizíamos ser do café quentinho, entrávamos dentro de barrís e era bom demais... depois posto sobre isso, se não...
Brincando de cozinha, receita de sucesso no lanche da tarde da sua infância: Amava quando minha mãe fazia pipoca na sua omeleteira.
Nina, atrasado demais, mas: Feliz dia das Crianças!
Obrigada!
Beijos,
MAri
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Homenagem para a Pri
A vida como ela é
Pri,
Quando caímos costumamos chorar, nem tanto pela dor da queda, mas pelo medo de que possamos não saber nos levantar novamente.
É aí que quase sempre entra uma mãozinha e nos ajuda a ver que podemos voltar à caminhada, mesmo depois de uma queda.
Nessa altura que nos conhecemos. Você com a sua queda e nós com as nossas, caímos, querida, sem esperar, cairmos.
E caídas nos conhecemos, nos amamos e nos levantamos uma a outra. Foi assim, você sabe. Eu sinto.
O que nos ensinou foi tão profundo que deixou frutos e flores... deixou marcas e mudanças... Você nos ensinou amada, sim... e muito.
Foi tudo tão suave e íntimo que nem percebíamos que estávamso nos levantando.
Mas a vida não é para sempre um levantar. Porque depois de feito isso é preciso seguir em frente.E nem sempre o caminho é o mesmo, embora tenhamos nos encontrado na queda. O seu pode ser para a esquerda e o meu para a direita... não sei. Tudo bem... é a vida que segue.
Mas o meu egoísmo te deseja ainda bem perto de nós... bem assim, íntimo, suave e cotidiano.
Não é mais assim amada. Sentimos, todas, profundamente, a sua falta. Não sabemos ao certo o caminho seu, mas nesse silêncio que se fez há dias, todos os nossos corações apertam-se e unem-se, desejosos de alegrias mil para você.
Sei que deveria te pedir que voltasse, mas amo-te, mesmo e desejo então, como desejo ao meu filho, que, se eu não caibo mais em ti, que sigas sozinha, mas sempre feliz, o caminho que já é seu... o caminho que tem seu nome na etiqueta, o caminho que você fez. Esse, amor, é seu e por isso não me meto a segui-lo, mas desejo-te, todo, todo o meu amor e minha companhia, sempre que ela te for desejada.
Entende?
Meu egosísmo te pede perto de mim, mas meu amor te deixa voar nos céus lindos que criou... vai em paz... vai feliz... vai segura... alguém olha por ti.
Quando estiveres aqui, volta para nós... estaremos mesmo aqui, onde você nos colocou. Amando-te como você nos ensinou e seguindo em frente, como você nos animou.
Num só coração e numa só prece é que postamos.
Beijos de todas nós
Mas quem é que faz sucesso no Brasil?
É aquele que já nasceu em berço famoso?
Ou aquele que conhece algum famoso?
Ou é aquele que possui algum famoso (dindin)?
Será meu Deus que o coração cheio de idéias ficaria sempre fadado somente aos mais pacientes e atenciosos?
Meu Deus do céu o que se faz para o sucesso?
Não quero ser estrela... compreendam.
Eu quero ser ouvida...
Não quero ser pop star, nem tapete vermelho... entendam.
Eu quero que amem o que eu amo também...
Mas, como às vezes suspeito no fundo da minha alma,
Não sei se "vendo" o produto certo para esse mundo.
Talvez se eu saísse rebolando freneticamente... será?
Talvez se eu jogasse minha cabeleira de um lado para o outro... quem sabe!
Todo dia sei que o caminhar disso aqui e de tudo o mais é um longo e cansativo e às vezes até desestimulante caminho, mas hoje, somete hoje, estou cansada de andar. Hoje os viajantes que vejo viajam em carros enormes e refrigerados, eu caminho a pé e quase já descalsa.
Hoje e somente hoje desejaria também ter um meio mais fácil de chegar onde quero, onde minha voz não precisasse esguelar para chegar a um ou dois ouvintes.
Hoje e somente hoje eu queria gritar sim, mas um bando de palavras sem sentido e absurdas, acho que até assim eu faria mais sucesso!
E tudo isso seria cômico, se não fosse trágico... como alguns dizem por aí.
Desculpe-me queridos, todos temos motivos mil para cansarmos... e preferia não cansá-los com isso aqui hoje... mas hoje... eu cansei. Desculpe-me.
Desenho, desenho meu...
Existe algum como o seu?
Desenho, desenho meu...
te aguardo e te desejo.
Desenho, desenho meu...
Como será o seu?
Desenho, desenho meu...
Com traços firmes e angulares,
Ou seria com leves riscos arredondados?
Expressaria a doçura de tua face,
Ou a inteligência de tuas obras?
Desenho, desenho meu,
Sabes que contigo sonho?
Sabes como te imagino?
Revele-se, então, assim para mim...
Como se também a minha vida fosse toda um sonho meu,
Oh desenho, desenho meu!
A editora, a ilustradora e eu estamos trabalhando nos desenhos, que hoje foram apresentados para mim... estamos trabalhando... estamos caminhando. Ainda mais um pouco...
Vamos sempre em frente, não é?
terça-feira, 14 de outubro de 2008
No mínimo dois caminhos
Quando olho minhas lágrimas no espelho sei que a humanidade toda chora também...
Quando surge minha esperança lembro-me de um menino nigeriano magro e sorridente...
Quando surge uma dúvida sei que todo mundo acha mais fácil duvidar do que lançar a rede...
Quando lembro de dores alheias meu coração dói mais do que o racional...
Quando lembro de sorrisos alheios meu orgulho se faz mais real do que o necessário...
Quando caio vejo no mínimo um par de mãos estendidas para me reerguer...
Quando caio sinto dores do parto de saudade das alturas...
Quando estou voando fico alucinada estendendo minhas mãozinhas para fazer voar aqueles que ainda não tem asas...
Quando estou voando fecho os olhos e lembro -me somente de mim e da Luz que me sustenta...
Qunado deito-me durmo e descanso satisfeita por tudo que fiz...
Quando deito-me não durmo pensando que por mais que eu faça ainda é muito, muito pouco...
Quando escrevo aqui, sei que por mais que eu escreva nunca estará tudo escrito...
Quando escrevo aqui, sei que é hora de pôr um ponto final.
Na verdade o teu sorriso, amor, é muito valioso, muito brilhante, muito estimado, muito desejado... Mas tudo que vi foram lágrimas que teimosas te fazem enfraquecer, mas toma emprestado a minha força... pode pegar... ela é para você mesmo! Quer meus olhos também? Pega! Eles vêem coisas lindas... meus olhos que agora podem ser os seus também, vêem pessoas fortes, justo quando estão fracas, vêem sorrisos que vencem lágrimas, vêem superação acima de superação... Eu fiz tudo isso para você minha cara, meu amor, fiz para ti... hoje é teu tudo isso... não vire mais os olhos, porque eu sei que há mais de um caminho, mas um só te leva a mim... Escolheu? Qual? Vem?! (eu te espero, você sabe...te amo.)
Beijos,
Mariana
sábado, 11 de outubro de 2008
Mas... de onde vem as histórias?
Não... as histórias nunca vem quando queremos, quando sentamos e decidimos, pelo menos não as melhores histórias.
Essas vem quando você menos espera... elas te assaltam, te revelam uma pontinha de si e depois ficam te esperando.
Você as segue, as obedece, larga torneira da pia, larga fogo do forno, larga sono tranquilo, larga filme inacabado, larga e vai.
Vai já se despindo do mundo, vai se acalmando e se calando, vai mesmo se abandonando.
Palavra por palavra, idéia por idéia... a história vai se formando, ela vai se revelando à você.
Você se cala, a ouve e a sente como se ela agora fosse morar dentro de seu peito. Você é capaz de ver cada detalhe dela, cada nuance, cada segredo. Por um pocadinho de tempo você até esquece que vive em outro mundo (esse aqui) e caminha os caminhos dessa nova história. Quando você volta, sabe que tem em mãos um segredo que a história resolveu contar e escolheu você como sua porta-voz.
É assim... suave e simples assim.
Beijos,
Mariana
Como será o rostinho do meu bebê?
Já sabem a qual pensamento me refiro?
Sim, são muitos mesmo...
Mas um que deve ser comum a todas as mamães é "Como será que meu bebê é? Queria tanto ver seu rostinho... seus olhinhos, cabelinhos, narizinho, mãozinhas..."
No final a gente até já sabe se ele é agitado, se é calmo, se gosta dessa ou daquela música, se soluça de noite, se soluça de dia, mas o rostinho não adianta... só depois do parto mesmo.
Meu Deus do céu o que isso tem a ver com o caminhar do meu livro?
Estou me sentindo meio assim... meio que querendo ver aquilo que não pode ser revelado ainda, por não estar pronto.
Fico pensando que a historinha eu já conheço muito bem, sei cada virgulinha dela, mas... como será a sua capa, os desenhos de cada página, será que eles irão valorizar minha narrativa? Será que vou gostar do estilo do desenho? Será que ele acrescentará à minha historinha?
Já escrevi muitas historinhas, todas guardadas por aí, algumas eu ia "vendo" a cena e ia criando a narraiva, outras simplesmente me vinha o texto e um leve esboço mental de como poderia ser a ilustração...
Mas por uma total falta de condições motoras eu não sei passar para o papel aquilo que vejo como ilustração das minhas histórias... Então...
Cabe apenas a mim aguardar, como uma jovem mamãe que, esborrachada no sofá descansa seu corpo sobrecarregado, acariciando seu ventre volumoso e fértil, com olhar fito no futuro, imaginando o rostinho de seu bebê (enquanto pensa o que irá assaltar na geladeira!).
Certa de que tudo isso valerá muito a pena!
Beijos,
Mariana
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Bom Dia Borboleta!
Olhei para o batente da porta da cozinha e lá estava um casulinho (até aí tudo bem, pois aquele casulo morava ali fazia muito tempo), mas naquela manhã, tão inesperadamente, sobre o casulo havia uma pequena e insólita borboleta!
Achei que era de brinquedo... (!)
Mas não era, vieram muitas máquinas fotografar o momento, muitas pessoas falantes, sorridentes, emocionadas, as crianças foram chamadas, todas olhavam o bichinho que havia acabado de se transformar... a alegria era bem visível em todos.
E eu pensava muitas coisas.
Pensava em todas as pessoas que lutam todos os dias para se tornarem borboletas, pensei na alegria que essa conquista causa em todos os seus expectadores e na alegria, novidade e estranheza que isso tudo deve causar na recém borboleta.
A borboletinha lutava com muita força para erguer suas asinhas ainda molhadinhas e grudentas, tentava e tentava. Caiu do casulo lá de cima, ficou no chão, começou a andar como lagarta e arrastar as suas asas pelo piso do quintal...
Mesmo quando conquistamos o que queríamos ainda assim, temos que lutar por mais algumas coisas...
Eu imaginava que a borboleta sairia linda e feliz e já saberia sustentar o peso de suas asas, que ela já saberia voar livremente, mas não.
Ela lutou e muito... era a hora dela.
O tão esperado dia tinha chegado, mas isso significava também que chegara o dia de seu maior esforço, de sua maior concentração, onde ela deveria lembrar-se de todo o seu enorme desejo de voar e com ele e por ele, fazer seu maior esforço já feito antes na sua vida de lagarta.
Ela fez!
Foi agoniante para mim, eu sentia o peso de suas asas também... parecia que me pesavam 50 kilos nas costas... cansei-me.
Fui tomar meu café...
Mais tarde olhei novamente....
Ela havia conseguido.
Não estava mais no chão arrastando suas asas.
Preocupei-me, procurei pelo chão por uma borboleta esmagada pelos pés de crianças que corriam...
Não a encontrei.
Olhei para cima, girando os olhos pelo ar.
Encontrei-a!
Ela estava imponente, pousada sobre uma folha de palmeira bem verdinha, o céu bem azul e a luz do sol refletia em todo o seu contorno.
Ela estava em paz finalmente.
Ela era uma borboleta!
Legal, né?!
Sobre as minhas asinhas, não estão tão pesadas...
A editora já está trabalhando em nosso livrinho,
já enviei os textos para contracapa e foto...
Estou curtindo muito!
Espero que vocês estejam muito bem,
lembrei-me muito desse meu espaço aqui...
E estava morrendo de saudades!
Beijinhos,
Mariana
terça-feira, 23 de setembro de 2008
A Resposta
Estamos caminhando pessoal!
A editora me ligou ontem dizendo que ainda tinham interesse em publicar meu livrinho e que me mandariam um e-mail, passando os novos valores.
Aguardei.
Na verdade, nem me preocupei...
Já estava um pouco sem esperanças de dar certo com essa editora.
Mas o e-mail chegou...
Um verdadeiro milagre...
O valor do investimento caiu para menos de UM TERÇO do valor anterior.
Gente... como assim?
Aceitei.
Mandei meus dados para o novo contrato e no momento só aguardo o envio do boleto.
Assim que isso for feito poremos as "mãos na massa"...
Que satisfação.
No silêncio da noite, eu ouvi a voz de Deus dizendo: Acalme-se e Aguarde
Na escuridão da noite, eu vi a luz de Deus mostrando o caminho certo
No meio da multidão falante, ouvi uma só voz, a d`E le,
"Engana-se se pensas que o Sonho é seu. Este Sonho nasceu em Meu coração! Você apenas decidiu acreditar nele, mas ele não é seu... é Meu. E Eu cuido muito bem do que é Meu."
Descansei então... como alguém que obedece um comando sem entender ao certo o por quê.
Esperei, um tempo que não era meu, uma ação que não era minha, um milagre que eu não podia fazer. Pois o que a mim cabia já havia sido feito.
Mas, naquela hora, como deveria agir?
Esperar.
Às vezes a espera silenciosa e ausente de ações, fala e faz muito mais.
Nunca me arrependi de ter esperado em Deus, ele é a minha própria confiança...
Também nunca me arrependi de agir quando Ele me pedia.
Enfim, nunca me arrependi de pedir ajudar, escutá-la e coloca-la em prática.
Quando você não conhece o caminho, melhor pedir informações. Melhor ainda é saber compreendê-las e executá-las...
Quando um sonho nasce no coração de Deus, a nós apenas cabe a força de vontadee o agir da forma que podemos, pois o resto é coisa d`Ele.
Agora, ainda mais fortalecida, ergo-me, fico sobre minhas próprias pernas e caminho mais um pouco! Certa de que, quando outros abismos surgirem, Deus se fará ponte para meus pés!
O caminhar:
Um destino
Placas de direção;
Terreno arenoso;
Sol escaldante;
Outros viajantes;
Mais placas de direção;
Curvas acentuadas;
Chuva de poeira;
Morrinhos de terra
Buracos profundos
Noite fria e escura
A lembrança do destino
Um raio de sol
Mais um
O amanhecer
Mais sol escaldante
Mais poeira
Mais placas de diração
Outros viajantes
Cansaço
Sede
Medo
Outro morrinho de terra
(e depois do morrinho:)
Uau!
O destino!
Me respondam...
Valeu a pena?
Noites de frio, dias de calor,
Caminhada longa, cheia de dor,
Mas no final daquele morro, o tão esperado esplendor!
Na minha vida não me lembro de caminhar por estradas fáceis, mas também não me lembro de nehuma estrada que não me tenha valido cada centímetro.
Vamos comigo?
Beijos,
Mariana
sábado, 20 de setembro de 2008
Melodia e Poesia
Barbie se aprontava toda de rosa, penteava os cabelos longos, seu lábio brilhava à meia luz do quarto, o perfume parecia-me também ser cor -de- rosa. Tudo lindamente perfeito.
Mas esquecera-se de pentear seus pensamentos, eles estavam meio bagunçados, meio embreagados com tantos cosméticos.
Ela tentava se reorganizar, mas via-se perdida na frente de uma entediada plateia, impressionada pelo impecável visual da palestrante, até então muda.
Pouco disse,pouco quis dizer, queria voltar à meia luz de seu quarto, queria olhar-se no espelho novamente, ela sabia que era linda e que naquela tarde estava ainda mais.
Foi aplaudida no final de suas poucas palavras e voltou ao seu espelho.
Emília passara a madruaga lendo e refletindo, suas idéias eram tantas e tão profundas que nem ela podia ver o fim disso tudo. As idéias eram tantas que esquecera-se de pentear seus pobres cabelos, andava pelas ruas como quem vai "tirar o pai da forca", as folhas amassadas debaixo de seu braço começaram a ficar molhadas com o seu suor, mas não tinha tempo para isso agora, já estava atrasada para a palestra.
A platéia estava um pouco enauseada com aquela visão estranha, suas roupas pareciam trapinhos remendados, mas suas idéias foram surgindo e preenchendo todo o ar.
Foi muito apaludida no final de suas muitas palavras e voltou ao seu mundo das idéias.
Depois disso a platéia se reuniu , conversou e refletiu. Fizeram uma pequena metáfora, descobriram que a melodia de uma música gosotosa faz bem aos ouvidos, mas não fala muito à mente, ela é como uma apresentação boa de se ver, mas sem muito para se entender. A poesia traz novidades à mente, renova, conforta, revoluciona, mas sem a leveza mágica de uma boa melodia.
De longe se ouve a melodia, mas para se ouvir a poesia é necessário chegar mais perto, acalmar-se, concentrar-se, refletir e inundar-se então.
Decidiram, então: Não vamos viver só de melodia, nem só de poesia, vamos viver de música! Completa: melodia, poesia, arranjos e pensamentos.
Para que se concentrar somente em um destes? Vamos uní-los e teremos canções!
Quando estava na faculdade tive uma professora muito rígida com nossa apresentação pessoal, não das idéias, mas do visual mesmo... até as unhas deveriam estar pintadas no dia das palestras... affff
Eu sempre fui do meu jeito, apresentava-me e impressionava, até mesmo a ela, mas não no visual e sim nas idéias.
No final escrevi um texto sobre um de seus assuntos e usei a metáfora da melodia e da poesia.
Fiz uma espécie de poema, juntando as idéias dos livros que lemos e as idéias que eu queria que ela soubesse que eu tinha.
Foi uma experiência rica para mim e interessante, ganhei um "notão" pelo texto, mas nenhum comentário mais específico ... não esperava isso mesmo.
Queria publicá-lo aqui, mas não o encontro...hahahah
Enfim,
Entre a Melodia e a Poesia, eu fico com a Música!
E vocês? O que acham?
Mariana
Riso, riso.
Quando vejo, já tem alguém falando do meu sorriso, que ele não se cansa, está sempre presente.
Não sei... não o vejo.
Mas o fato é que as pessoas se acostumaram tanto com esse meu comportamento que o dia em que estou mais quieta lá vem a pergunta: O que você tem menina? E eu riu... hahaha... acho graça em quase tudo (só não vejo graça em lágrimas infantis), riu do vício que causei nas pessoas em me verem sorridente e falante... riu de minhas dificuldades, adoroooo rir de mim mesma! É meu melhor motivo... até quando estou brava, me pego rindo da minha cara, quado algo cai no chão, sujando tudo, eu grito de susto e depois riu novamente... como disse, é o melhor motivo de riso para mim, eu mesma.
Cresci num lar sem muiiiita falação, mas eu desviei-me desse comportamento... eu sempre precisei falar e falar... e aprendi a conversar comigo mesma quando era novinha, porque ninguem me aguentava por muito tempo... eu falava o máximo possível e depois de ver a impaciência do meu pobre ouvinte, eu me recolhia e ia para o quarto, lá eu falava e falava... sem parar... falava para minha cama, para a coberta sobre ela, para a cortina, para os outros móveis, para o chão...eu falava...falava... ria .... e falava!
Às vezes minha mãe ia lá para ver o que eu estava fazendo... com quem estava falando... coitada... nunca me entendeu... hahahaha (olha lá, já estou rindo denovo!)
Hoje em dia ela me entende sim...
Nunca acordei chorando, ou com lágrimas nos olhos, mas muiitas vezes acordava morrendo de vontade de rir de alguma cena de meu sonho...
Porém, devo confessar que às vezes penso ser meio inconveniente, ou pelo menos incompreendida, alguém está falando alguma coisa para outro alguém, estamos numa roda conversando... a pessoa está se queixando de algo... eu faço uma piada, um trocadilho,uma gracinha... e riu...claro.... mas só eu.... ops!
hehehehhe
Acho que devo mesmo ser vista como uma boba da côrte, mas, gente, a risada desestressa, traz leveza, clareza. Não riu para fugir de problemas, riu para encontrar as soluções para eles...
Riu porque sei que tudo, tudo é passageiro, e assim, a maior novela mexicana perde seu drama... o que realmente tem valor é muito maior do que nossas queixas, é algo tão maior, tão bom e tão imutável... que geralmente não consigo ficar sem rir.
Pode parecer loucura, mas para mim é sabedoria.
Claro que sofro e dramatizo às vezes também, vocês acompanham isso por aqui... mas na maioria das vezes tenho a impressão que minhas bochechas se escondem debaixo de meus lábios escancarados e sorridentes!
Eu sei, também não me entendo! Mas riu mesmo assim, melhor!
Beijos,
Mariana
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
O bobo da côrte e sua real intensão
Lava o rosto e toma um copo de café.
A realeza, um pouco agitada por causa da chuva que cai, já o espera. E ele anda rapidamente pelos corredores, enquanto ajeita seu chapéu colorido.
A realeza não enxerga mais do que uma fantasia falante e sorridente, engraçada e boba.
O bobo da côrte enxerga por trás das coroas e vê corações temerosos, tensões profundas, incertezas absolutas. Compadece- se deles. Tem vontade de chorar por eles, mas ri... ri e fala sem parar, na tentativa sincera de que a pobre realeza seja também tão feliz quanto ele.
Mas o bobo da côrte não é bobo... ele é esperto... sua intensão de ser acessível a todos o faz despir-se da rispidez habitual dos homens, sabe que se não fôr assim, nunca alcançará corações que se julgam sábios. Pois um pseudo-sábio nunca respeita um verdadeiro sábio... ele o inveja. E a inveja não é o que o bobo da côrte deseja despertar na pobre realeza.
Sua intensão é ir mais além, após a carrancuda cara de autoridade, chegar na veia mestra da vida, o coração.
A realeza ri e se cansa. Grita e o manda embora.
Ele sai da sala real, vira-se e sente pena dos que gritam...
Mas ele ainda sorri, porque sabe que apesar dos berros de Quem grita, ele sabe que o coração foi acalentado, foi aliviado e foi abençoado.
O grito é só um resquício daquilo que um dia se transformará também em sorriso.
Para muitos não devo passar de uma boba da côrte, sorridente, falante, engraçada e boba. Mas eu sei que sou realmente feliz e nada boba... somente quem me conhece verdadeiramente sabe disso. E vocês, minhas companheiras viajantes deste blog, também devem sentir que, às vezes só nos falta o chapéu característico.
Então aqui cabem duas perguntas: Vocês sabem que agem assim? Vocês sabem o que desejam quando agem assim?
Sabem?
Que bom!
Então... que riam as Pobres realezas.
Beijos e Sorrisos,
Mariana
domingo, 14 de setembro de 2008
Caminhado e Compartilhando...
Muitas coisas na cabeça...
Poucas coisas já em mãos.
Como disse a vocês há alguns dias, recebi o tão esperado email da editora, me dizendo que tinham sim, interesse em publicar o meu livrinho. Mas o valor era muito elevado. Após uma conversa e ginástica financeira com meu marido, fiz uma outra proposta para a editora e eles concordaram.
Mas algumas coisas aconteceram e eu não tenho mais as ajudas financeiras com as quais iria contar para publicar o livrinho...
Mas eu já havia quase fechado o contrato, nesse ponto, liguei para a editora , explicando tudo, perguntei da possibilidade em desfazer o contrato. Mas eles me prometeram rever os valores de custo, para que fosse algo mais acessível para mim.
Faz mais de uma semana... até agora nada.
Já tentei ligar lá muitas vezes e mandei email também... mas ainda nenhuma resposta, não sei se o contrato será desfeito , ou se os valores serão mais acessíveis.
Enfim...
Não é a melhor das notícias para se dar em uma segunda-feira, mas gosto de ser transparente e decidi, desde o princípio, mostrar aqui a minha jornada, como é na realidade, não vou esconder as dificuldades, nem pintar de rosa os fatos que fazem parte deste Caminhar, dando certo, dando errado, apresentando barreiras e vitórias, é assim que pretendo tratar vocês, com respeito e sinceridade sempre.
Tentando e tentando
Sempre acrditando
Sorrindo e sorrindo
Sempre superando
Pensando e pensando
Sempre aceitando
Vivendo e vivendo
Sempre convivendo
Caminhando e caminhando
Sempre compartilhando
Obrigada por caminharem comigo!
Assim que tiver novidades, conto aqui!!!
Beijinhos,
Mariana
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
A noite escura espera pelo amanhecer
O potencial das dificuldades: Aperfeiçoamento... Crescimento... Beleza.
Um arco-íris festeja o céu, mas não antes da chuva cair poderosamente.
Uma valiosíssima pérola surge numa ostra, mas não antes de ser apenas um grão de areia que por "engano" entra em seu interior.
O amanhecer brinda-nos todos os dias, mas não antes de uma negra noite.
E finalmente, nossa velha conhecida, a borboleta, que enfeita os jardins, não surge antes de ser uma verdolenga lagarta, presa ao solo e ausente de graça.
O que mais posso dizer, se a natureza já nos disse tudo?
O problema é que quando a noite cai nos assustamos com a escuridão e fugimos, tentando buscar nosso próprio caminho e nos esquecemos deste que já existe, o caminho da natureza, esquecemo-nos de continuar no caminho da noite...
Porque estranahmente é ele que nos levará à luz do sol pela manhã,
Fará toda essa escuridão ter valido a pena.
Na hora em que escurece nosso coração deve então buscar forças, companhia, ajuda e fé para continuar... vivendo cada hora de "nossa noite", crendo , certamente, que ela se fará amanhecer em breve!
Crendo que o que passou pode se transformar de fato em passado apenas se o deixarmos para trás, que o medo pode ser apenas uma palavra sem muito significado, que o sofrimento pode ser apenas uma fasezinha passageira e que tudo isso, na verdade trará novidades sobre si mesmo, novidades de vida e de força... novidades para o futuro.
Se há mesmo tanto o que apender com tudo isso...por que fugir?
Não penso que devemos procurar dificuldades, mas sei que elas virão, querendo ou não...e a diferença se fará em como a enfrentaremos desta vez...
A cada desafio você tem uma nova chance de fazer melhor, de crescer um pouco mais, de se conhecer um pouco mais, de acreditar um pouco mais, de lutar um pouco mais e de conecer um pouco mais.
Sabe porquê? Por que Eu sei que Alguém nos vê por dentro, sondando tudo, os problemas e as vitórias, conhece nosso medo, nosso sonho, nosso bem e nosso mal, conhece tudo e todos e de todos sabe tudo.
Sabe mais do que qualquer um, o tamanho de nossa força, o tamnhao de nosso sonho, o tamanho de nosso desejo, o tamanho de nossa dor e Ele vê que acima de toda lágrima existe um sorriso teimoso, mais forte e mais profundo do que todos os motivos de lágrimas, Ele vê e acredita que você pode...
Ele criou as lagartas para serem borboletas... Ele preparou o casulo... e a nós somente cabe permanecer dentro dele o tempo necessário, sorrindo, mesmo que com lágrimas escorrendo pelo rosto. Isso se chama fé. Porque o amnhecer virá e será lindo,
o casulo se romperá e as asas também serão lindas,
a pérola surgirá e será valiosa e
o arco-íris surpreenderá e será uma maravilha dos céus, bem ali, entre os prédios e telhados.
Quando amanhecerá? Eu também não sei. Eu também espero.
Mas já passei por densas noites e elas se transformaram em amanhecer também...
Sei que será sempre assim, enquanto eu souber ser sempre assim...
Enquanto eu souber que por trás daquela escuridão Alguém me prepara o mais lindo dos amanheceres...
enquanto eu souber que esse Alguém é mais Fiel e mais Forte do que minhas noites escuras, eu ficarei ali, entre a cortina e a janela, tremendo de frio, mas sorrindo, certa de que Aquele que prometeu é fiel também para cumprir.
Há alguém que tenha esperado pelo amanhecer e não o tenha recebido? Não...
Ele sempre vem. Sempre virá.
Aguarde comigo. Mãos dadas, olhores fitos, sorrisos teimosos...
Veremos o que cremos.
Escolha.
Abraços,
Corações unidos,
Olhares fitos,
Esperanças recompensadas...
Já vivemos isso em alguma situação antes...
E agora não é diferente.
Bjos,
MAriana
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Sonho que se sonha junto ...É Realidade!
Abri meu emial...
Como sempre...
Mas...
Lá estava...
Uma resposta da Editora!
Mas já?
Era a hora da verdade...
Aguenta coração...
Respira fundo...
Vai, abre!
Gente, essa editora é uma graça... eles são tão simpáticos, claros, didáticos até!
O email já começava elogiando a historinha, dizendo que ela era uma gracinha
E que queriam
SIM
publica-la
Depois disso foi me passado o valor...
E eu quase caí da cadeira...
Poxa vida gente...
Vi meu sonho virar fumaça...
Não tinha, nem de perto, o valor pedido.
Pensei em desistir e imaginei todas vocês daqui do blog pensando comigo: é sonhou alto demais.
Pensei mesmo
Foi a primeira coisa que pensei: De onde eu tirei essa idéia gente...isso não rola não.
A segunda coisa que pensei foi em vocês aqui... pensei:
Elas sonharam comigo um sonho que nasceu para ser apenas sonho.
Passei mal...
Meu estômago revirava...
Minha cabeça girava...
Parecia que ia me faltar o ar...
Foi uma novela mexicana.
Quando já estava bem desanimada, li novamente o email que mandei para eles,
com a historinha...
Foi aí que ela (a história) falou comigo...
Disse-me:
Você não ia lutar por mim?
Você não disse que ia acreditar em mim?
Você não disse que me protegeria?
Gente... eu amo minhas historinhas...
Não é pela qualidade delas, porque gosto muito mais de uma Ruth Rocha, de uma Ana Maria Machado...
Mas eu as amo e nem sei falar por quê...
Respirei fundo.
E por puro amor
Disse em voz alta...
Eu vou conseguir...
Não vou desistir das minhas historinhas...
Era uma certeza...
Era uma força...
Eu iria conseguir!
Hoje de manhã sentamos, eu e meu marido...
Pensamos...
Fizemos contas...
E mais contas...
Achamos um meio de dar certo...
Mas era bem diferente do proposto pela editora...
Mandei um email para eles novamente...
Explicando-lhes, sinceramente, o que estava acontecendo...
Tentei negociar outras condições...
Meia hora depois...
Toca o telefone...
Era da Editora...
Dizendo que acabaram de receber meu email...
E que o meu emil era muito simpático...
E que se para mim estivesse bom do jeito que propus...
Para eles também estaria...
Um doce esse pessoal da editora!
Fui tratada com tanto carinho, desde o primeiro contato até agora...
Finalizando:
Hoje assino o contrato.
A partir daí...
Em uns 60 dias, no máximo, meu livro estará à venda nas livrarias virtuais!
Vocês, loucas, como eu...
Sonharam comigo
Acreditaram...
Sonharam mesmo...
E porque sonhamos juntas (nós aqui desse blog e muitos outros de fora dele)
Hoje o sonho começa a virar realidade...
Sonho que se sonha junto é realidade... como dizia o cantor - que nem gosto muito- Raul.
Muito Obrigada
Agora meninas...
Conheçam o livro quando ele for lançado...
Conheçam o fruto de nossos sonhos...
Beijos,
Mariana
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Sonhe meu doce sonho, sonhe...
chegue mais,
chegue -me até onde eu possa sentir sua respiração
sonhar com você
teus sonhos imprevisíveis
Venha meu sonho
que agora é hora de dormir
te espero acordar
aqui, bem do teu lado vou ficar
Sonho meu,
amado meu
dorme o teu sonho
que o meu está bem vivo
Dorme o teu sonho
sonha, meu sonho
sonha longe
onde tudo pode ser
Sonha nos meus braços
que agora eu nino-te
acolho-te
acredito-te
Dorme doce sonho
que a vida agora
também me é sonho
Durma e cresça
Na estufa do meu peito
cresces e cresces
pois quando acordares
tu serás verdade!
Por enquanto,
nino-te
acolho-te
protejo-te
Luto por ti
porque se a vida
me é só o que vejo
quero também sonhar contigo
Mas meu pobre e corajoso coração
teima em dizer -me
que agora é hora de ninar-te
pois em breve a vida me será outro sonho
Outro sonho sim,
doce sonho...
o mais improvável de todos os sonhos
que o sonho já pôde me revelar
durmam com Deus...
sonhem também,
Mariana
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Falta Pouco Viajante... Avante!
Não?
Estão cansados?
Eu sei... também estive.
Desanimados?
Eu sei... também estive.
Um pouco até frustrados?
Eu sei... também estive.
Independente do tipo de borboleta que você deseja ser, tem dias em que o casulo parece ser eterno. Parece que aquela espécie de tecido que se forma ao nosso redor (o casulo) não se trata mais de uma fina camada delicada, mas de um muro tão intransponível que nem sabemos ao certo por que resolvemos entrar dentro dele.
Será que nossos sonhos eram grandes charlatões? Vendendo asas coloridas que na verdade nunca suportariam nosso peso de lagarta?
Nesse momento, imaginar asas coloridas esvoaçantes pelo ar da manhã e refeltindo o brilho do sol chega a dilacerar nossos corações. Sentimos a dor de uma desilusão.
Penso que qualquer pessoa, seja um concurseiro, um atleta, um estudante, um pai, um profissional, qualquer um, deve saber exatamente sobre o que estou falando. Estou falando de uma espera por algo que parece fugir de suas mãos, não importa o quanto você corra para alcançá-lo. Você dá um passo para frente... o seu sonho também...
Você resolve descansar, pára e olha para trás, vê o qunato já andou e que ainda nada alcançou, olha para frente e mal consegue ver a estrada, está tudo coberto por uma poeira deixada pelos viajantes antes de você.
Você chora... uma lágrima amarronzada e grossa, fruto da poeira dessa desoladora estrada. Você pensa em fazer sua cama ali mesmo, na beira da estrada, deitar e se entregar, comer poeira.
Mas então, a poeira abaixa um pouco e você começa a ser capaz de enxergar outros viajantes, que têm destinos mais longínquos que os seus, que possuem menos bagagens que você, que já não possuem mais sandálias nos pés e quando você fita os olhos desses pobres viajantes, surpreende-se: Eles não estão lacrimosos como os seus, eles sorriem, um sorriso capaz de fazer florir qualquer coisa, ali, em pleno poeirio! Um sorriso de quem vê algo que ainda não existe! Um sorriso de vencedor!
Este sorriso te entra tão profundamnete no peito que quando percebe, você também já está de pé, sorrindo e caminhando novamente.
Dez metros à frente você encontra um restaurante, com comida gostosa, banheiro limpo e chuveiro. Alimenta-se. Banha-se. E sente-se ridículo por ter pensado em desistir tão perto de um abrigo como esse. `
Não, o restaurante ainda não é o seu destino, mas com certeza ele fez toda a diferença nesse seu caminhar e te dará ainda mais ânimo para o restante da viajem.
Falta pouco, viajante...
Avante!
Recebi um email da editora.
Pedindo-me que enviasse o original todo (pois só havia enviado , até então, uma breve sinopse). Email simpático e animador.
Vocês nem sabem o quanto!
Beijos,
Mariana
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
O Caminhar
Nossa, pequenino mesmo...
Mas quando a jornada é grande qualquer passo (mesmo minúsculo) é importantíssimo!
Vejam...
A angustia em mandar emails e não receber respostas já deve ter sido sentida por vocês também, em algum momento, não?
Pois é...
Imaginem a minha...
Coloquei um resumo de uma de minhas historinhas numa tela de computador, para ser enviada a "alguem" que poderi tirá-la do papel para sempre... mas esse'"alguem" nada responde e daí?
Hoje pesquisando sobre a editora, procurando um telefone, outro email, sei la... achei um blog de uma figura, Rennata, ela tem um blog onde conta muitas histórias de sua vida... gostoso de ler!
Mas enfim, a Re acabou de publicar um livro pela editora que ficou de mandar uma resposta para mim. Pedi sua ajuda... pedi que ela me contasse como foi o caminhar de seu livro, como foi a receptividade da editora, essas coisas...
Ela me deixou um comentário no post anterior e se propôs, tão meigamente, a me ajudar, que fiquei um pouco emocionada...
Disse que ligará para a editora e tentará descobrir o que aconteceu...
Ai...
Lá vou eu...
Tenho medo dessa resposta não ter vindo porque eles não gostaram do que eu escrevi... mas enfim...
Quanto antes eu souber, mais rápido mudo meu caminho de direção e mais rapidamente me aproximarei do "caminho certo"...
Vamos ver...
Vocês verão comigo!
Vamos Juntos?
Obrigada!
Beijos,
Mariana
Montanha-Russa
Não conseguirei escrever direito...
Mas encontro-me em uma montanha-russa.
Desânimo e Esperança.
Esperança e Desânimo.
No meio disso tudo existe minha perseverança...
Por isso continuo...
Mas meio sem saber o que fazer...
Alguem ai...
Escritor...
Escritora...
Autor...
Autora...
O que faço?
Ninguem me responde...
A tal editora...
Também não.
Minhas historinhas são bem simples... é verdade.
Mas será que não merecem pelo menos uma resposta?
Mesmo que ela seja negativa... pelo menos seria uma resposta...
Mas acho que eu prefiro esperar mais um pouco e ter uma resposta positiva.
Sim, vou continuar.
Beijos,
Mariana
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Dos Grilhões aos Portões
Lembro de minha irmã (mais nova que eu) perguntando o que eu queria ser quando cressesse e eu não tinha tempo nem de pensar sobre o assunto e ela já vinha com a resposta dela: Eu quero ser isso, ou aquilo! E corria conferir com minha mãe se o salário era bom e planejava todo seu orçamento!!! (ela tinha menos de dez anos quando fazia isso!)
Eu nem compreendia suas contas... e me lembro de um enorme vazio na mente quando a pergunta me vinha: o que você quer ser quando crescer?
Resumindo: Nunca me imaginei sendo coisa alguma, muiiiito menos uma escritora, ou coisa do tipo.
O lance de escrever começou como um grilhão na verdade... uma algema.
Eu escrevia porque não sabia falar.
CALMA!
Explico:
Você pode ter pensado: Mas a garota já sabia escrever e ainda não tinha aprendido a falar? Não é ao contrário que essa ordem se dá???
Eu era capaz de falar sim, mas não tudo.
A lembrança mais tenra de minhas tentativas como escriba é a seguinte: Numa manhã, eu estava na máquina de escrever de meu pai compiando a palavra PHARMÁCIA (!) de algum lugar. Quando terminei eu disse orgulhosa: Olha mãe, eu escrevi sozinha, não copiei!!!
Mas a minha mãe disse: Mariana, farmácia com PH? Você só pode ter copiado de algum lugar... ninguem mais ensina farmácia com PH!!!
Drooooooga. Eu morri de vergonha e de raiva por ela ter descoberto!
rsrsrsrsrs
Eu e minhas idéias de giricio!
A segunda lembrança é uma carta-desabafo, já na adoescência, uma carta escrita a todos e a ninguem.
Foi nessa fase que comecei a escrever por causa de meus grilhões.
Minhas amigas viviam recebendo cartas de desculpas, cartas de amizades, cartas de conflitos, enfim...
No final elas resolveram fazer uma caixa para guardar tantas cartas!
Até a minha mãe (que morava sob o mesmo teto que eu!) recebeu algumas cartas minhas... trágicas cartas, essas para minha mãe. Sempre falavam de namoros terminados e cagadas infinitas.
Enfim... não me faltavam grilhões. Eles me prendiam tanto que só a escrita me libertava.
Mas o tempo foi passando, eu cresci (pelo menos amadureci) e dominei a arte de falar também!
A escrita se fez desnecessária. Nunca mais desperdicei uma folha de papel com algo que deveria ser dito olho no olho.
Mas, na minha doida cabecinha, eu ainda escrevia: Cada cena de novela era tranformada em narrativas de livros. Era divertido fazer isso enquanto assistia a trama!
Na faculdade era impossível não produzir kms de textos por semana, então, eu me divertia com isso!!! Minhas amigas passavam uma semana escrevendo um texto e eu, quando sentia que era a hora, deitava em minha cama juvenil (ai meuDeus!) e num pedaço de papel, escrevia, numa pancada só, todo o texto. Eu adorava fazer isso. Era muito prazeroso!
Quando me casei parei de escrever (não tinha motivos). Mas agora, conforme a situação já citada no meu primeiro post (Por Que Será que Não Durmo?), decidi voltar a escrever, mas de forma mais focada, com um plano em mente: Alcançar mãos, olhos e corações infantis!
Hoje a escrita para mim, representa os portões para uma estrada nova e bem interessante. Sinto-me parada à frente desses portões. Eles estão abertos, mas eu não passei totalmente por eles ainda, vejo-me parada, sem mover pés ou mãos. Mas já diante dos meus promissores Portões!
Melhor escrever por causa de belos Portões do que pelos antigos Grilhões, certo!?!
Meu Deus e minha maturidade transformaram meus grilhões aprisionantes em lindos Portões estimulantes!!!
Vamos ver no que isso vai dar...
Mariana
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Prometo Algo Melhor no Próximo Post
Podia parecer um lugar esquisito e fedido. Mas para os seus moradores era um lugar feliz e tranquilo.
Um lugar onde os cocôs podiam chamar de seus!
Lá eles tinham casinhas, parquinhos, ruas com sinaleiros, escolas e tudo de mais legal que uma cidade tem!
Naquela manhã eles estavam todos atiçados porque esperavam um novo morador, alguem havia escutado que a Nathalia lhes daria um novo companheiro.
A alegria era tanta que decidiram fazer uma festa, enfeitaram as ruas da cidade, colocaram uma música bem alta, vestiram suas roupinhas mais bonitas, colocaram bexiguinhas coloridas em todas as árvores e postes!
Esperaram e esperaram... e começaram a ficar cansados...
Mas nada do novo morador chegar...
Que tristeza...
Eles esperaram mais um pouquinho, mas ninguem chegou...
Desmancharam a festinha e voltaram para as suas casinhas.
Mas a tristeza durou o dia inteiro.
Na manhã seguinte a notícia de que a Nathália lhes daria um novo amigo chegou logo aos ouvidos de todos, que rapidinho arrumaram uma nova e linda festinha.
Nathália sabia que muitos amiguinhos de seu cocozinho o estavam esperando, mas ela ainda não tinha certeza de que conseguiria. Ela decidiu conversar com o cocô que estava dentro de sua barriguinha. Ela perguntou se ele gostaria de participar daquela festinha que o aguardava. E o cocozinho disse que estava esperando muito por isso. E precisava da ajuda dela para chegar até lá.
Nathália entendeu então que seu cocozinho queria muito participar da festinha, mas se ela não o deixasse sair, ele nunca chegaria lá.
Nesse momento lembrou-se de uma vez em que sua mamãe perdeu a chave de casa e seus amigos foram lhe chamar para brincar, mas ela não tinha como sair, pois estava trancada, com sua mamãe, dentro da casa.
Seus amigos ficaram na janela pedindo que ela brincasse com eles e ela ficava vendo tudo do lado de dentro...triste, triste.
Então, depois de muuuuito procurar, a mamãe achou a chave da porta e a menina pôde sair para brincar. Ela nunca se esqueceu da alegria que sentiu quando saiu de casa e encontou seus amiguinhos. Que alegria!
Nathália decidiu deixar que seu cocô fosse brincar com seus amiguinhos e fechou bem forte os seus olhinhos, o cocozinho ficou feliz e saiu correndo para a festinha no Vale Encantado dos Cocôs.
A festinha foi muito divertida, todos ficaram animados com o novo amiguinho e na manhã seguinte outro amigo chegou....
E toda manhã Nathália dava um novo companheiro para os amigos do Vale Encantado dos Cocôs.
Assim todos que viviam naquele Vale tinham sempre novas companhias, novos amigos e nunca se sentiam sozinhos!!!
E eles até fizeram um cartaz para ela: OBRIGADO NATHÁLIA!
Danny, se estivesse ilustrado surtiria mais efeito na sua fofucha que pela idade ainda se restringirá apenas a alguns fatos da historinha... pena que eu não sei desenhar as cenas que eu tenho na minha cabeça...desculpe. Sobre o roteiro... desculpe-me, foi o que consegui fazer agora depois de um dia como o de hoje, com direito a reunião de pais durante a noite e outras coisinhas mais.
O tema é inusitado, mas aposto que prenderia a atenção de crianças em qualquer idade da educação infantil, se a história fosse contada com paixão, entusiasmo e sinceridade...
Mas como vocês não são crianças... desculpem-me.
bjos,
Mariana
A História Fala por si Só...
Quando estava em sala de aula e a turma pegava fogo, pouco adiantava pedir silêncio, gritar, ou cruzar os braços e esperar... mas ninguem, nem as bagunças, resistiam a uma boa história.
Eu começava a conta-las ali, assim, no meu tom de voz normal, calma e como se tivesse uma platéia imensa e fervorosa a me ouvir (mas não tinha ninguem, estavam todos ainda envolvidos em alguma atividade curiosíssima, como discutir quem havia feito o maior avião, quem havia prendido o cabelo mais no alto da cabeça, quem tinha a mochila mais cheia de adesivos...) mas eu estava lá, com um olhar interessado, olhando para o nada, andando pela sala, pulando os brinquedos, as cadeiras e as mochilas, movimentando meu corpo e contando a mais interessante das histórias... e no máximo dois minutos depois, eu estava mesmo diante da platéia mais fervorosa e fascinada.
Pronto!
A história tinha tomado forma, tinha virado uma pessoa ali na sala, ela era o centro das atenções.
E nessa hora, eu e as crianças éramos um só, um só ser, unidos pelas emoções das historinhas.
Quando um aluno não queria comer, eu contava uma historinha sobre isso para ele, se um aluno não queria sentar, eu contava uma história sobre isso, se eles não quisessem voltar para a sala de aula depois do parque eu contava uma história sobre isso, se algum deles estava com medo de algo, lá ia eu inventar uma história sobre isso.
Pensem comigo...
A maioria das vezes, nós sabemos o que queremos dizer para as crianças, mas nós não falamos porque não sabemos COMO falar... não é mesmo? Nós sabemos o que queremos que elas aprendam, sabemos como elas devem reagir a isso ou aquilo, sabemos os valores que queremos que elas aprendam, nós sabemos o que queremos delas... MAS NÃO SABEMOS COMO FALAR ISSO A ELAS.
Agora já sabem...
HISTÓRIAS.
A história não precisa ser de um roteiro encantador, nem nada disso, a história só precisa do seu coração, ela precisa que você se apaixone por ela, que você se entregue a ela, que você acredite nela... o resto ela faz!!!
Você pode estar pensando... "nossa mas eu teria que ser uma biblioteca ambulante", quase isso...
Nós já somos uma biblioteca ambulante, nossa mente guarda muitas histórias. Histórias lidas, histórias vividas, histórias ouvidas, histórias sonhadas e histórias inventadas, criadas na hora, por você mesmo.
Visite sua biblioteca mental, limpe-a, organize-a, prepare-a e use-a.
No começo poderá parecer inusitado (no mínimo) mas depois passará a ser prazeroso e surpreendente (no mínimo!).
Qualquer coisa, vamos conversar, tenho certeza que juntos poderemos criar boas e simples histórias que poderão mudar o mundo!
beijos,
Mariana
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
O Passo-a-Passo
Naquela madrugada encontrei uma entrevista com uma famosa escritora estrangeira, ela dizia que para se publicar um livro, você precisa buscar editoras que publiquem obras no estilo das que você produz e que era preciso determinação, porque no começo os "nãos" parecerão eternos.
Entendido isto, comecei a pensar se havia alguém que eu conhecesse que pudesse me esclarecer mais coisas, que trabalhasse mais nesse meio e que soubesse me orientar...
Pensei e pensei...
Não via muita coisa na minha frente a não ser uma escuridão, mas minha mente continuava a me encher as paciências com três perguntinhas constantes: O que fazer? Como fazer? Quem poderia me ajudar?
Gente... fui dormir naquela madrugada com a mente afilta , ansiosa e agitada...
Mas dormi logo, assim que pus a minha cabeça naquele travesseiro de plumas de ganso, que amassa e fica fininho, fininho.
Dormi e sonhei.
O sonho era o seguinte:
Eu e uma super amiga de Londrina (com quem não tenho contato faz muuuito tempo, porque saí de lá, ela saiu da casa onde morava e seu telefone também mudou... e eu não páro de me mudar... perdemos o contato.... por enquanto- eu espero! enfim:) nós estávamos conversando e ela disse que conhcia muitos editores e que poderia falar de mim para eles.
Esta minha amiga é jornalista muito competente e uma pessoa fantástica, fomos como irmãs quando mais novas.
2. Quando acordei pela manhã, com o choro de fome de meu filho, preparei a mamadeira e fui tentar achar minha amiga na internet... totalmente em vão. Achei muitas matérias dela, mas nenhum endereço, email, telefone atuais, nada.
Mas eu tentei gente... como tentei.
Enfim...
Era hora de pensar mais um pouco...
Continuei pesquisando na internet os processos para publicações, editoras...etc.
Mas eu ainda não sabia bem o que uma editora fazia, o que o editor fazia, onde a gráfica entraria nisso, o ilustrador, os valores, quem pagaria os gastos e que gastos seriam esses... enfim... uma anta memso. Eu não sabia de nada. (Apenas para fins ambientalistas: Eu amo as antas, elas são lindas e tranquilas, tem umas carinhas fofas, um olharzinho doce e amo o brilho de seus pêlos molhados... mas isso não interessa muito agora, né?!)
3. Decidi coversar com outra amiga jornalista, maravilhosa, como pessoa e como profissional, mandei-lhe um email explicando por cima o que eu estava tentando fazer e ela me deu a maior força e me explicou melhor qual a função de cada um nesse processo...
Pronto, eu já sabia como funcionava. Pelo menos o básico estava esclarecido.
4. Meu conhecido tem um amigo que é ilustrador e seu pai publica vários livros por ano, mandei algumas histórias para que esse ilustrador lesse e, se gostasse, faria a ilustração para mim, então eu teria um original ilustrado para mostrar às editoras... fique feliz.
Mas a felicidade foi virando um tédio...
Nenhuma resposta recebida. Nem do ilustrador, nem do meu conhecido...
O que se faz numa hora dessas?
Esquece e tenta outro caminho?
Tenta ver se, por acaso, houve um contratempo e eu não recebi email por falha da internet?
Fiz os dois...
Mandei um email para meu conhecido, perguntando-lhe se seu amigo havia respondido, e, se havia dito que não gostou e por isso não ilustraria, eu queria saber...
Não é melhor saber que alguém te odeia do que ver a falsidade em seus olhos enquanto te sorri?
Eu prefiro a verdade, nua e crua... não tenho medo de sofrer por uma verdade, mas não sei viver sob a incerteza da falsidade.
Mesmo porque acredito que seria muuuito bom ouvir umas verdades sobre as minhas produções, assim, saberia onde melhorar, crescer, aperfeiçoar.
Mas...
Não tive resposta nenhuma... nem verdadeira, nem falsa...
Somente o silêncio.
TUUUUUdo bem.
Pensei mais um pouco...
Primeiro pensamento: Caramba... ele deve ter odiado minhas historinhas. NO mínimo elas são fracas para o critério dele.
Segundo pensamento: Devo me dedicar mais. Prometi para mim mesma que buscaria mais inspiração para minhas histórias e que melhoraria meu modo de escrever.
Terceiro pensamento: Procure outro caminho.
5. Lá fui eu para essa internet novamente.
Eu já sabia quais as editoras que publicam livros infantis no estilo das que eu faço, mandei email para elas...
Em menos de 24 horas as respostas me chegavam... eram todas negativas.
6. Voltei para a internet...
Achei uma editora, a LivroPronto.
Ela é pequena (pelo menos em nome) e publica obras de escritores pequenos. A proposta é bastante interessante. Inovadora em todo o mercado editorial brasileiro.
Ela recebe uma sinopse da obra, avalia e se a obra for boa eles corrigem, orientam, editam, ilustram, fazem capa, tudo, tudo, o livro vem até com código de barra, esses gastos quem banca é o escritor, que junto com a editora, decide o valor e a quantidade de cópias.
Uma vez pronto o livro vai à venda pela internet, no site de algumas livrarias virtuais. Se estes exemplares forem vendidos com sucesso, daí o livro vai para as livrarias físicas de todo o Brasil.
No site tem depoimentos escritos e filmados de autores que publicaram livros por essa editora e que dizem estar muito satisfeitos com a competência, paciência, sensibilidade e visibilidade desta editora, inclusive o retorno financeiro foi citado como um um ponto muito satisfatório da LivroPronto.
Procurei o tipo de obras que ela publica e descobri uma inusitada "ecleticidade" entre os títulos... Livros de happers, de religiosos, de fonoaudiologia, de auto-ajuda, livros infantis e muits outros.
A editora só reserva seu direito de não publicar alguma obra que seja explicitamente anti-ética.
Talvez, numa editora assim, mais aberta e pequena minhas historinhas tenham mais chances.
7. Mandei uma sinopse de uma das minhas histórias (como foi difícil decidir em qual apostar, qual tocaria a Produtora Editorial, qual abriria as portas do nascimento para as outras!).
Hoje completa uma semana que enviei a sinopse...
Estou aguardando uma resposta, mas já começo a pensar: Será que meu email chegou mesmo lá? Será que a editora também não gostou e não vai me responder? Será que mando outra vez? Credo...
Preciso trabalhar minha paciência...
Será?
Ai... nem sei o que fazer agora...
A passos de formigas mancas e indecisas é que vou começando a minha segunda- feira...
Mas na verdade, ainda tenho boas esperanças...
E continuo a visitar meu email a cada hora para ver se há algum retorno...
Eita espera...
Passo-a-Passo.
Peço outro Passo.
Passa outro Passo.
Passo para outro Passo
Não repito nenhum Passo
Feliz semana para todos nós,
bjos,
Mariana
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Teoria, na prática!
Meus sonhos me renderiam bilhões se eu os vendesse a algum cineasta famoso.
A TEORIA: Mas nada disso me faz diferente daquela pessoa que vive dizendo: Não sou muito boa nisso, ou naquilo.
A única diferença é que eu tenho uma super cara de pau. Eu acredito nas minhas coisas, quando elas nascem no meu coração eu dou crédito a elas... Elas podem ser toscas, ingênuas, até ridículas, mas se é verdadeira, eu a assumo.
Conheço muitas amigas que são tímidas e por conhecê-las muito bem, nem acredito quando ouço a frase : Não sou muito boa nisso, ou naquilo.
Eu simplesmente as ignoro porque sei de suas capacidades, elas é que não sabem... elas é que não acreditam.
Imaginem a situação: Eu sou uma mulher com cara de pirralha, pequena, talvez a menor pessoa que vocês verão em toda a vida, uma menina simples, sem nomes ou recursos abundantes ... convenhamos, esse não é o perfil de uma escritora de livros, não equivale às imagens que faço das mulheres bem sucedidas, escritoras, auto-suficientes, e tudo mais. Sabe aquele glamour? Pois é...eu não tenho! E... até para mim, chega a ser meio ridículo pensar no que estou fazendo : Pondo minhas simples criações para o mundo... tentannnnndo, né?
Pensem...
Mais um pouco...
O que um dia passou pela cabeça de vocês... uma imagem de vocês recebendo um prêmio importante? Vocês num palco famoso? Vocês sendo entrevistados pela Marília Gabriela? Vocês sorrindo enquanto acenam calidamente para uma multidão? Vocês abandonando tudo e sorindo na cama de uma maternidade ? Qual é o seu sonho? Qual é seu talento escondido? Aquele que te faz sentir mais vivo, mas que te faz se sentir ridículo só em pensar nele...
Eu SEI que cada um tem sonhos. E sonhos, quando ainda não realizados, parecem ser ridículos mesmo...
Mas toda transformação começou com um sonho, por vezes, ridículo!
Imaginem uma lagarta nojenta, como são todas as lagartas, cinzentas, verdolengas... horríveis, parecem meleca de nariz de criança, com perninhas, caminhando e enojando tudo onde encostam... pois bem... imaginem uma dessas criaturinhas sórdidas um dia, relaxando em seu banho de sol matinal e sonhando em ser uma borboleta... uma coisinha fofa, colorida, esvoaçante, super valorizada por todos... ai que lindo! Pois é... continuem imaginando (espero não estar enfadando vocês com tamanhas imaginações:) Daí uma dessas nojentas lagartas, a que sonhou em ser borboleta, decide compartilhar seu lindo sonho com suas companheiras lagartinosas, ela compartilha, fala sem parar, seus olhos brilham, suas pernocas tremulam, ela está exultante...
Mas o que recebe em troca? Risos. Muitos risos. E depois uma frase: "Coitadinha, essa daí sempre foi meio lunática... do que eu estava lalando antes mesmo? Ahhh sim, ontem consegui comer centenas de folhinhas, daquela ali, sabe? Aquela verde ali, que fica perto daquela outra lá, sabe? Aquela?"
Até que um dia a pequena lagarta "lunática" some, investe em seu sonho, paga o preço. E tempos depois... surpreende a todos, surge colorida, esvoaçante, balançando-se numa dancinha ao sabor do vento e no fundo, bem lá no fundo, todas as lagartosas riem felizes por testemunharem que afinal a vida pode ser mais do que aquilo que já foi um dia!
Lagartinhas e lagartões, vamos acreditar que podemos ser Borboletas?
A PRÁTICA: Mandei uma mensagem me identificando, para várias editoras perguntando se tinham o interesse em conhecer minhas histórias, todas me responderam rapidamente :
Não temos interesse no material.
Mas não desisti, procurei na internet novamente... achei uma editora diferente, muito diferente. Receptiva, clara, direta e por enquanto bem honesta, eles estão avaliando, logo me enviarão um email...
Se me mandarem mesmo o tal email eu conto...por enquanto fico aqui, entrando em minha caixa de entrada, de hora em hora, para ver se há alguma mensagem da tal editora...
No próximo post compartilharei as fases que passei nessa prática... nesse caminho esquisito que eu me arrisquei a trilhar, apenas por acreditar que valeria a pena ter um par de asas ao invés de muitas perninhas.
Eu acreditei no meu sonho e você?
Beijos,
Mariana
Por que será que eu não durmo?
Meu Deus...eu não sabia por que... mas quando eu teimava em fechar meus olhos, eles se arregalavam, como se eu não tivesse pálpebras.
Caramba! Parei de tentar...
Sentei na cama.
Em silêncio e no escuro (!) procurei um livro para ler (no escuro?). É...
Tudo para não acordar meu filho que, se acorda, quer colo, se ganha colo quer atenção e naquela hora da madrugada quem queria atenção era minha mente borbulhante...
Achei dois livros (no escuro!) e voltei a sentar na cama...
Nem li nada, pensei muito...muito...
Pensei em meu corpo esvuaçante, passeando pelas ruas da cidade, pensei na liberdade que eu tinha quando era uma universitária, pensei na minha autonomia, na minha inquieta vontade de estar sempre com o tempo preenchido com algo bemmm legal, pensei na minha rotina de mãe e esposa, pensei no que faço ultimamente dentro de casa... lavo, passo, cozinho, canto, danço, limpo banheiro, lavo quintal, cato cocô de cachorro, dou bronca nas cachorras, canto mais um pouquinho, dou bronca no filho, danço mais outro pouquinho, sorrio, supero-me...
Ta bom... pode ser muita coisa... mas não é...
Sabe aquela sensação de preenchimento que a gente tem quando relizamos algo que era nosso projeto, algo que fazia todo sentido do mundo, algo que podia ser loucura para todos, mas era a sua maior verdade?
Pois é...
Longe das salas de aula eu perdi um pouco dessa sensação, embora eu sinta (mesmo) e saiba da importância da minha presença em casa agora (afinal, eu escolhi isso, eu escolhi ficar em casa, para cuidar bem, cuidado da casa, educar, bem educado meu filho e amar, bem amado meu marido... quero fazer da melhor maneira possivel e para mim isso significa ficar um pouco mais slow, mais menos.).
Nada de amelianismos, eu realmente sei que para mim, é preciso fechar-me um pouco para este mundão, para que minha casa possa ser mais focada... porque, sabe um viciado que quer parar com o vício e focar-se no que o fará crescer? Pois é... mais ou menos eu!
O mundo é meu vício, sem limites esse lance de realcionar-se... e nisso tudo acaba por faltar tempo decente com minha família... (chega de explicar!)
Enfim, escolhi assim e pronto...
Mas sinto falta de algo que me preencha novamente, uma atividade que me tome, me assombre, me domine...e foi nesse ponto de meus pensamentos, naquela madrugada, que eu me toquei, tanto que pareciam ter acendido a luz do quarto, me toquei mesmo...
Eu amo a infância, amo ler, amo escrever, já tenho algumas histórias infantis escritas, sou mãe apaixonada pelo pimpolho e preciso de uma atividade que possa ser meio atemporal... trabalhar quando der, quando a casa deixar, qunado o filho deixar...
Entenderam???
Não?
Eita ...
Ta bom...
Explico:
Vou investir nos meus livrinhos! Olha que legal:
Vou manter as crianças vivas em minha mente, vou usar minha criatividade (que ainda precisa ser trabalhada mais especificamente para o que eu quero), vou manter-me ativa e tudo isso é perfeitamnete ajustável ao tempo em que preciso ser mãe, esposa e dona - de - casa.
Pronto!
Estava decidido.
Fui para a inernet pesquisar algo que me auxiliasse nos passos necessários.
Encontrei minha irmã online, contei-lhe a decisão e esperei risadas...
Mas recebi apoio... incentivo...
Uai?
Bom... acreditei.. e comecei a caminhar...
Mas tenho uma teoria de que os livros caminham sozinhos, quando estiverem prontos, eles vêm ao mundo! Nós apenas os geramos... acreditamos nele e os apoiamos... e eles vão vindo, através de um trabalho de parto literário e editorial... até que enfim... Nascem!!!
No próximo post conto em que fase da gestação estou (rsrsrs).
beijos,
Mariana